(Fotografia: © Euskadi-Murias) |
Foram cinco anos de projecto, os últimos dois como Profissional Continental. A subida de escalão permitiu que recebesse o convite para estar na Volta a Espanha e nas duas edições em que esteve presente, venceu sempre uma etapa: em 2018 por intermédio Óscar Rodríguez e em 2019 por Mikel Iturria. As prestações na Vuelta deste ano, deixaram Jon Odriozola confiante que potenciais patrocinadores vissem a projecção que poderiam ter. O responsável acreditava que depois da grande volta iria anunciar a continuidade da equipa, mas afinal tal não acontecerá.
"Desde o primeiro momento este projecto pretendeu desenvolver um ciclismo de formação, com um modelo de excelência desportiva e organizativa", lê-se no comunicado da equipa, que reforça como a equipa sempre quis dar oportunidades aos jovens bascos de participar nas melhores corridas mundiais. Realçou ainda como o sucesso nos resultados fez com que a equipa fosse crescendo, recorrendo aos próprios meios que detinha, algo que agora já não é possível.
"Hoje podemos confirmar oficialmente que a equipa Euskadi-Murias não continuará na próxima temporada. O resumo destes anos é de enorme satisfação." Além das duas etapas na Vuelta, a Euskadi-Murias viu Edu Prades conquistar a Volta à Turquia, uma prova do escalão World Tour. A formação basca também deixou a sua marca em algumas corridas portuguesas, sendo presença regular por cá. Na Volta a Portugal venceu duas etapas nesta última edição, depois de no ano passado também ter celebrado um triunfo. Troféu Joaquim Agostinho e Volta ao Alentejo foram outras corridas onde teve sucesso.
Desde que o projecto da Fundação Euskadi começou a crescer - tem Mikel Landa como "padrinho" e recuperou as famosas camisolas laranjas da Euskaltel-Euskadi - que se fala da possibilidade de fusão entre as duas estruturas bascas, de forma a criar novamente uma forte equipa naquela região e que pudesse chegar ao World Tour. Porém, foi uma ideia que terá sido recusada pelos responsáveis das duas formações.
Mas o fim da Euskadi-Murias deixa 20 ciclistas no desemprego, mas alguns deverão ter interessados. Óscar Rodríguez (24 anos) é dos principais talentos, ainda que tenha desiludido na última Vuelta. Fernando Barceló, de apenas 23 anos, realizou uma Volta a Espanha muito interessante, com Héctor Sáez (25) - vencedor de uma etapa na Volta a Portugal - a ser outro jovem com algum potencial ainda para desenvolver.
O ciclismo espanhol vive uma fase em que as equipas estão a conseguir crescer, mas não significa que haja espaço para todas. A Fundação Euskadi poderá estar a caminho do escalão Profissional Continental, tal como a Kometa de Alberto Contador. Mas a Euskadi-Murias sai de cena.
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