10 de setembro de 2019

Depois dos ferimentos graves, Uran quer ter calma na recuperação a pensar em 2020

(Fotografia: © EF Education First)
Ano difícil para Rigoberto Uran que acabou mal, mas o ciclista admitiu agora que poderia ter sido bem pior. A queda na sexta etapa teve consequências muito mais graves do que a clavícula partida, que foi inicialmente confirmada pela equipa. O colombiano explicou o que lhe aconteceu e afirmou: "Segundo o médico é um milagre estar vivo."

Uran foi um dos envolvidos numa queda que afectou vários ciclistas na sexta etapa da Volta a Espanha. Os corredores caíram uns por cima dos outros e o líder da EF Education First ficou com vários ferimentos. "Amigos, a vida e a bicicleta deram-me duros golpes, mas nenhum como este fim-de-semana.  Depois de sete horas de cirurgia, o médico disse à minha família que o puzzle estava completo, o que foi um choque", escreveu no seu Instagram. Garantindo que agora está bem, enumerou as fracturas: clavícula, omoplata, costelas, cervical e o pulmão também foi afectado. A perfuração do pulmão foi anunciada publicamente no dia seguinte à queda e gerou grande preocupação.

É a segunda vez esta época que Uran acaba uma corrida no hospital. No Paris-Nice partiu a clavícula e teve de ser operado. Foi a mesma que fracturou na Vuelta. "Agora há que ter paciência e ficar por aqui e recuperar. Este 2019 tem sido difícil", desabafou no mesmo texto que publicou na rede social.

Aos 32 anos, Rigoberto Uran apostava em repetir a prestação da Volta a França que o levou ao pódio em 2017. Então foi segundo, atrás de Chris Froome. Não foi um mau Tour, mas o sétimo lugar a mais de cinco minutos de Egan Bernal ficou muito aquém do que pretendia, não tendo conseguido também nenhuma vitória de etapa. Apostou depois tudo na Vuelta, com a EF Education First a levar a Espanha uma equipa muito forte, com mais dois colombianos ao lado de Uran: Sergio Higuita e Daniel Martínez. Hugh Carthy era outro dos ciclistas que poderia ter sido importante na luta por uma boa classificação, mas o britânico também caiu naquele dia e partiu a clavícula. Foi aliás uma etapa para esquecer para a formação americana, pois Tejay van Garderen ia na fuga e acabaria também por sofrer uma queda. Abandonou no dia seguinte.

Para Uran começa um longo processo de recuperação com o objectivo de se apresentar forte em 2020, numa altura em que a EF Education First começa a preparar a sua sucessão como líder de grandes voltas, não só com Daniel Martínez, mas também com Sergio Higuita, que acabou de chegar ao World Tour e já colocou todos a falar dele.


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