(Fotografia: © PhotoGomezSport/Euskadi-Murias) |
Enquanto a Cofidis pode muito bem estar a caminho do World Tour, a Burgos-BH e a Euskadi-Murias vão vivendo na incerteza quanto ao futuro. Ambas subiram ao segundo escalão no ano passado, mas não tem tido vida fácil. A vitória de Óscar Rodríguez em La Camperona, na Vuelta de 2018 poderia parecer que o projecto da Euskadi-Murias teria mais garantias de sucesso. Porém, no País Basco, terra da equipa, procura-se uma estrutura forte, que recupere a visibilidade que chegou a ter a extinta Euskaltel-Euskadi. A Fundação Euskadi, equipa que tem o apoio de Mikel Landa, veio dividir atenções e muito se tem falado de unir as duas equipas. No entanto, nem de um lado, nem do outro se gosta muito da ideia.
"Há pessoas que pensam que quanto mais união houver, melhor. Mas neste momento, parece-me que podemos continuar com empresas que nos podem apoiar. Elas podem ver que estamos a fazer um excelente trabalho", referiu o director da Euskadi-Murias, Jon Odriozola, ao Cyclingnews. Depois da Vuelta, deverá haver novidades, segundo o responsável, que espera apresentar com quem vai contar a estrutura para se manter na estrada. Ainda assim, lamenta que tenha de esperar "quase até ao último minuto para anunciar algo".
A imprensa espanhola chegou a dar conta que os ciclistas da equipa receberam autorização para procurar novas equipas, mas a situação poderá agora ser diferente, a julgar pelas palavras de Odriozola.
E a vitória de Mikel Iturria pode ter sido uma ajuda importante, não esquecendo que dos nove triunfos em 2019, seis foram em Portugal, dois na Volta. O de Iturria não foi só o ganhar, mas também como o fez. Chegou a ficar para trás numa subida, recuperou, atacou a cerca de 25 quilómetros da meta e conseguiu manter-se isolado na frente. Aos 27 anos, ainda não tinha nenhuma vitória como profissional. Mais memorável como esta, seria difícil!
Quanto a Lastra - vencedor da Clássica da Arrábida - foi o mais forte no sprint, mas Iturria já tinha cortado a meta seis segundos antes. Foi a segunda vez que a Caja Rural de Domingos Gonçalves - que tem andado muito discreto - foi segunda, depois de Alex Araburu, um dos grandes talentos da equipa, ter terminado nessa posição na oitava etapa.
A formação está a celebrar os dez anos como profissional e tem colocado ciclistas no top dez das etapas, mas ninguém consegue repetir o feito de Antonio Piedra, que venceu uma tirada em 2015. A Caja Rural conta ainda com duas classificações da montanha em 2014 e 2015, com dois nomes bem conhecidos: Luis León Sánchez e Omar Fraille.
Não só se vê ultrapassada pela Euskadi-Murias, como a própria Burgos-BH está na luta pela camisola da montanha, com Ángel Madrazo a manter-se na liderança da classificação, além de ter sido quem venceu a etapa para a equipa. Certo é que a Caja Rural vai continuar à procura de ganhar, como aliás sempre o faz, ano após ano na Vuelta.
12ª etapa: Circuito de Navarra - Bilbau (171,4 quilómetros)
Para a Euskadi-Murias será um dia especial, pois irá acabar a etapa em casa. A questão é se o pelotão vai estar tão permissivo como esta quarta-feira: terminou a 18:35 minutos de Iturria, depois de um dia com um ritmo muito calmo. É possível que não se preocupe com a fuga, mas as curtas ainda que difíceis terceiras categorias poderão convidar a ataques. Contudo, sexta-feira é dia de Los Machucos e isso poderá pesar na decisão de gastar ou não forças na 12ª etapa.
Quanto às terceiras categorias desta quinta-feira, a primeira será para aquecer, as restantes serão bem desafiantes. O Alto de Azázeta terá 4,9 quilómetros com pendente média de 3,9%. Depois haverá o Alto de Urruztimendi com apenas 2,5 quilómetros, mas a 9,2%. Segue-se o Alto el Vivero, com 4,3 quilómetros a 7,7% e para terminar um Alto de Arraiz de 2,2 quilómetros a 12,2% de média!
»»Tem a palavra Primoz Roglic««
»»Na Vuelta das nações, domingo foi dia da Eslovénia««
Quanto às terceiras categorias desta quinta-feira, a primeira será para aquecer, as restantes serão bem desafiantes. O Alto de Azázeta terá 4,9 quilómetros com pendente média de 3,9%. Depois haverá o Alto de Urruztimendi com apenas 2,5 quilómetros, mas a 9,2%. Segue-se o Alto el Vivero, com 4,3 quilómetros a 7,7% e para terminar um Alto de Arraiz de 2,2 quilómetros a 12,2% de média!
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