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São três triunfos consecutivos da Holanda, com Van Vleuten a suceder a Anna van der Breggen e Chantal Blaak. Van der Breggen foi segunda desta feita (tal como no contra-relógio), numa exibição perfeita de toda da selecção laranja, que cedo começou a partir o pelotão, com a tricampeã mundial Marianne Vos a trabalhar muito bem e a ser sexta no final. Na subida a Lofthouse, ao quilómetro 47,8, Van Vleuten atacou. Pode ter pensado que era uma ideia estúpida, muitos terão pensado que era de loucos e se calhar algumas rivais pensaram que eventualmente conseguiriam apanhar a holandesa. Mas há dias assim. Há dias em que uma boa dose de loucura, muita coragem e ainda mais vontade faz toda a diferença.
Van Vleuten terminou com mais de dois minutos de vantagem. A fechar o pódio ficou uma Amanda Spratt que juntou a medalha de bronze à de prata de 2018. Continua a faltar o ouro para esta excelente ciclista australiana, colega de Van Vleuten na Mitchelton-Scott.
Para Van Vleuten é a melhor compensação possível depois de ter sido batida categoricamente no contra-relógio por Chloe Dygert, ficando a 1:52 minutos da americana. Não surpreende, portanto, que o momento em que ficou mais nervosa este sábado foi quando soube do ataque de Dygert, a cerca de 30 quilómetros da meta. "Sei que ela é especial depois do contra-relógio de terça-feira", realçou Van Vleuten. Porém, Dygert perdeu algum fulgor na última volta do circuito e ficou à porta das medalhas, a 3:24 minutos da nova campeã.
Este poderio holandês apaga um pouco a desilusão de ter visto o jovem Nils Eekhoff ser desqualificado na corrida de sub-23. No entanto, a exibição da selecção laranja provocou também desilusão em muitas ciclistas no pelotão feminino. É que o ritmo foi de tal forma intenso e desde muito cedo, que logo na primeira dificuldade, aos 15 quilómetros, houve quem ficasse para trás e de pouco valeu o esforço para tentar regressar ao grupo principal. Inevitavelmente, perdendo tempo tão cedo, o abandono seria inevitável mais cedo ou mais tarde, ainda mais com uma fase final em circuito. Maria Martins foi uma das vítimas deste poderio laranja, naquela que foi a sua estreia em provas de elite em Mundiais.
Elite masculina portuguesa com ambição este domingo
Entre Leeds e Harrogate serão 280 quilómetros para conhecer o novo campeão mundial, ou se Alejandro Valverde faz o bis. Yorkshire tem sido palco de percursos complicados nesta semana de Mundiais, com estradas estreitas e mau tempo, que se deverá sentir este domingo. Portugal partirá com mais do que uma opção para tentar no mínimo o top dez. Mas quando se conta com um campeão do mundo na equipa, há sempre o desejo de mais, se assim a corrida o proporcionar. Rui Costa estará acompanhado por Ruben Guerreiro, Nelson Oliveira, José Gonçalves e Rui Oliveira. Domingos Gonçalves foi baixa de última hora, alegando motivos pessoais para não ter viajado para Inglaterra.
A corrida começa às 8:40 e terá transmissão no Eurosport 1, esperando-se muito espectáculo dado o leque de ciclistas candidatos: Peter Sagan, Mathieu van der Poel, Philippe Gilbert, Remco Evenepoel, Greg van Avermaet (os oito belga formam uma equipa de luxo), Julian Alaphilippe, Tadej Pogacar, Primoz Roglic (se estiver muito melhor do que no contra-relógio) e porque não olhar para um Pascal Ackermann e Sam Bennett... Alexander Kristoff disse que o percurso afinal não era assim tão duro, pelo que os candidatos são muitos, com as mais diversas características e todos eles apontaram a estar bem em Yorkshire.
Classificações via First Cycling.
»»Eekhoff inconformado com desqualificação. Título mundial foi para Itália««
»»Domingos Gonçalves de fora dos Mundiais««
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