A aplicação de telemóvel que dá luz verde aos ciclistas nos semáforos

(Imagem: Siemens)

A primeira reacção poderá ser que os ciclistas vão deixar de passar os sinais vermelhos porque estarão sempre verdes para eles. Mas a criação da aplicação de telemóvel que muda para luz verde os semáforos não está a ser testada a pensar naqueles que insistem em "evitar parar" nos vermelhos. O objectivo é mesmo tentar aumentar a mobilidade de uma bicicleta, favorecendo quem escolher este veículo no dia-a-dia e que assim não terá de ficar parado em sinais vermelhos.

A aplicação Sitraffic SiBike está a ser criada pela Siemens e testada na Alemanha. É relativamente simples e barata. Afinal, tudo o que será necessário por parte do utilizador de bicicleta é um smartphone com o GPS activado, pois através dele é conhecida a localização do ciclista, informação essa enviada para o centro de controlo, que por sua vez comunica com o semáforo para este ficar verde ou prolongar o tempo de forma a permitir a passagem de quem vem de bicicleta. Tudo isto é feito recorrendo ao Google Earth.

Este sistema é para ser utilizado nas ciclovias existentes nas cidades e ajudar a promover a construção de mais condições para os utilizadores deste veículo, atraindo não só pessoas a escolher a bicicleta como meio de transporte, como também poderá convencer responsáveis a tornarem as suas cidades mais ecológicas. A Siemens destaca precisamente esta vertente. Mais bicicletas, poderá significar menos carros. Com sinal verde garantido poderão ser evitados acidentes com ciclistas, além de evitar que as pessoas tenham de se sujeitar à poluição quando estão paradas junto aos carros.

A Siemens garante que não será necessário instalar novos semáforos, pois a ideia é utilizar o sistema de controlo de tráfego já existente. Porém, a tornar-se uma realidade, esta aplicação será claramente mais apropriada a curto prazo para cidades nórdicas ou do centro da Europa, já com muitas condições para os utilizadores de bicicleta. Mas poderá ser mais um incentivo a outros países seguirem o exemplo e criarem condições seguras para quem preferir as duas rodas sem motor.

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