1 de outubro de 2019

Vem aí o primeiro Mundial de ciclismo virtual

(Imagem: Zwift)
A semana de Mundiais é sempre fértil em novidades. Este ano, a maior foi a organização de um Campeonato do Mundo de ciclismo virtual, uma versão de desporto conhecida por e-sports ou e-racing. A popularidade destas plataformas tem levado a um crescimento de praticantes e de interessados em organizar provas. Já houve uns campeonatos britânicos, por exemplo, a Canyon até criou uma equipa, a Movistar também já organiza corridas e agora vai haver um Mundial, que será precedido de provas de qualificação e de mais provas.

Apesar de existirem várias plataformas, a Zwift tornou-se uma referência e será a parceira da UCI na primeira edição deste campeonato, mas depois serão abertos concursos para escolher quem organizará as próximas. "A beleza de criar uma disciplina nova de ciclismo é que temos uma tábua rasa e não há limitações. Vamos definir as linhas para o fair play e igualdade", salientou Craig Edmondson, CEO da Zwift, durante a apresentação. A igualdade está garantida sobre a forma de prémios monetários serem os mesmos para homens e mulheres, assim como o número de provas, distâncias das corridas e de cobertura mediática.

A UCI não quis passar ao lado desta emergente forma de pedalar, mas quer um regulamento bem definido, assim como uma fiscalização para garantir que não há batota. Ou seja, será necessário garantir que não haverá fraude tecnológica e também, por exemplo, ter a certeza que quem está na corrida é de facto o/a ciclista inscrito/a e que tem as características com que se registou, como o peso e altura.

Como parte do acordo, a Zwift vai ser o organizador exclusivo de no máximo 15 Campeonatos Nacionais, assim como um Campeonato Continental, além das qualificações para o Mundial, que ainda não tem data marcada. "Há uma oportunidade fantástica de através dos e-sports para atrair um público mais jovem para o ciclismo", afirmou o presidente da UCI, David Lappartient.


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