1 de agosto de 2019

Um susto para a Efapel

(Fotografia: © João Fonseca Photographer/Efapel)
Com tanta montanha logo a começar, o dia não ia ser completamente tranquilo. Porém, calcular-se-ia que seria dos mais tranquilos da Volta a Portugal, até que um toque de realidade recorda a todos que até na mais simples das etapas (que nem era o caso) se pode estragar uma corrida. A Efapel apanhou um susto a dois quilómetros da meta, quando quase todos os seus ciclistas ficaram envolvidos numa queda, incluindo o líder Joni Brandão. A garantia é que está tudo bem, com Brandão e com os restantes ciclistas que caíram, mas ainda assim as atenções ficaram centradas naquele que é apontado como o grande candidato, dada a ausência de Raúl Alarcón (W52-FC Porto).

Foi uma zona muito rápida de um percurso que foi inicialmente marcado por uma primeira categoria, duas quartas e uma segunda, antes de ficar mais plano e propício para os sprinters, que não tiveram um dia fácil. A dois quilómetros da meta, em Leiria (174,5 quilómetros, com partida em Miranda do Corvo), preparava-se o sprint e lutava-se pela melhor colocação, precisamente para evitar percalços. A Efapel não conseguiu fazê-lo , ficanda numa queda que afectou também o camisola amarela, Samuel Caldeira (W52-FC Porto). Dado ter acontecido dentro dos últimos três quilómetros, o azar não custou tempo a ninguém, mas ficou o susto e a eterna recordação que tudo pode mudar num instante, para favoritos ou qualquer outro ciclista.

"Os dias iniciais são mais nervosos, todas as equipas querem estar na frente para colocar o seu líder. Felizmente nesta queda não houve lesões de maior por isso vou considerar um dia salvo. A equipa está bastante bem e continua motivada, estamos muito unidos e queremos desfrutar ao máximo desta corrida. É normal a tensão diária que é vivida, estamos na Volta a Portugal e por isso esta corrida é tão especial", afirmou Rúben Pereira, director desportivo da Efapel, citado pela assessoria de comunicação.

Também Samuel Caldeira e o companheiro de equipa Ricardo Mestre não sofreram mazelas de maior, com Luís Mendonça a deixar a Rádio Popular-Boavista sem o seu ciclista principal para disputar a etapa, mas a equipa já garantiu que o corredor está bem apesar da queda.

Samuel Caldeira manteve a camisola amarela. Thibault Guernalec (Arkéa Samsic) também continua a ser o melhor na juventude. O primeiro líder da montanha é o basco Peio Goikoetxea (Fundação Euskadi), que esteve na longa fuga de mais de 150 quilómetros juntamente com os portugueses David Ribeiro (LA Alumínios-LA Sport) e Gaspar Gonçalves (Miranda-Mortágua) e o suíço Mathias Reutimann (Swiss Racing Academy).

O vencedor do dia, Davide Appollonio (Amore & Vita-Prodir) é o primeiro líder da classificação dos pontos. O italiano está a regressar à competição depois de quatro anos de suspensão e aos 30 anos agradeceu a segunda oportunidade que lhe está a ser dada com um triunfo que a equipa pouco tem conseguido este ano (mais informação neste link).

2ª etapa: Marinha Grande - Santo António dos Cavaleiros, 198,5 km

É uma etapa com exige atenção no final. A quarta categoria tem apenas 1400 metros, mas a pendente média é de 8%. Há sprinters que se poderão adaptar, como Daniel Mestre (W52-FC Porto) ou Luís Mendonça, mas quem luta pela geral também terá de ter atenção. Um ataque ou um percalço poderá provocar cortes e diferenças de tempo.

Esta é a tirada mais longa da Volta, começando às 12:20 no Parque da Cerca e a chegada deverá acontecer cerca das 17:30, na Avenida Luís de Camōes.

Classificações completas, via ProCyclingStats.

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