(Fotografia: Facebook Team Wiggins) |
A Team Wiggins prepara a sua despedida do ciclismo. Depois de cinco anos fecha-se um ciclo de uma equipa que nasceu para ajudar Bradley Wiggins e companheiros a prepararem os Jogos Olímpicos, na busca pelo ouro na prova de perseguição colectiva (pista) e que deu depois o passo para formar jovens talentos. No entanto, sem grande justificação, a estrutura é mais uma a fechar portas na Grã-Bretanha, que no ano passado já tinha perdido duas das suas equipas Continentais.
"Depois de cinco anos fantásticos, os responsáveis pela equipa tomaram a decisão que a operação chegou à sua natural conclusão", lê-se num curto comunicado. O objectivo inicial foi cumprido, pois Wiggins ganhou a sua quinta medalha olímpica ao sagrar-se campeão com os restantes colegas, no Rio de Janeiro. Com Wiggins a retirar-se, a formação passou a ser o plano principal e a equipa viu ciclistas seus dar o salto para o World Tour: Owain Doull e Chris Lawless (Ineos), James Knox (Deceuninck-QuickStep), Scott Davies (Dimension Data), Mark Donovan (Sunweb) e Corentin Ermenault (Vital Concept). E a lista vai crescer.
Gabriel Cullaigh já assinou pela Movistar para as próximas duas temporadas. Este sprinter de 23 anos até deixou a sua marca por Portugal, ao ganhar três etapas na Volta ao Alentejo, duas em 2018 e uma este ano. James Fouché poderá ser o próximo. Já está a estagiar na Mitchelton-Scott e tem o perfil para encaixar perfeitamente numa equipa agora virada para as provas por etapas. O neozelandês de 21 anos mostra qualidade para clássicas com algumas subidas (foi segundo em 2018 e quinto em 2019 na Clássica da Arrábida), mas tem demonstrado evolução nas provas de uma semana. Venceu a classificação da montanha na Volta ao Alentejo, comprovando que a Team Wiggins gostava de passar por Portugal no início de época. Fouché Tem a particularidade de ser o campeão nacional de fundo em elite e o de sub-23 em contra-relógio.
A estrela da equipa chama-se Tom Pidcock, um dos miúdos maravilha do ciclismo. Tem 20, é um puro talento do ciclocrosse e na estrada também já vai somando vitórias e boas exibições. Não tem pressa de chegar ao World Tour, mas o final da Team Wiggins poderá precipitar este passo. Pretendentes não faltam para contratar este ciclista, que encara a modalidade muito ao estilo de um Peter Sagan e Matthew van der Poel. Quer fazer o que gosta, divertir-se, ser dono do seu destino, dar espectáculo e, claro, ganhar. Para ele também não há impossíveis. Está actualmente a recuperar de uma queda no Tour de l'Avenir, na qual ficou mal tratado no rosto.
A Wiggins-Le Col, como se chamou este ano, fará a sua última corrida em casa, na Volta à Grã-Bretanha, entre 7 e 14 de Setembro. Num país que em 2018 alcançou o feito de ter três ciclistas diferentes a ganhar as três grandes voltas (Chris Froome, Geraint Thomas e Simon Yates), está a verificar-se o desaparecimento de estruturas importantes ao nível Continental, com um papel importante ajudar a dar o salto dos atletas para o World Tour. Em 2018, a JLT Condor e a One Pro Cycling disseram adeus por razões financeiras.
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