A Operação Aderlass vai continuando a sancionar quem recorreu ao doping com a alegada ajuda do médico alemão Mark Schmidt. Quase cinco meses depois de serem tornados públicos os primeiros nomes de ciclistas envolvidos, são conhecidos os castigos. Mão pesada para os austríacos Stefan Denifl e Georg Preidler que foram suspensos por quatro anos.
Denifl terá sido o primeiro a admitir às autoridades o recurso a transfusões de sangue, ou doping sanguíneo, para melhorar a sua performance. O ciclista, de 31 anos, manteve-se mais discreto durante este processo, ao contrário de Preidler (29) que admitiu publicamente ter tirado sangue, ainda que nunca tivesse posteriormente feito a transfusão. No entanto, assumiu o erro e que só a intenção era grave. Saiu de imediato da Groupama-FDJ.
A sanção foi aplicada pela organização nacional austríaca de anti-doping, que tomou as rédeas do mais recente caso, que tem afectado várias modalidades, tendo começado no esqui. A UCI concordou que fosse este organismo a liderar a situação, pelo que aceitou a suspensão aos dois ciclistas.
Ambos foram considerados culpados de terem recorrido a métodos proibidos, violando o regulamento anti-doping. A acusação de Denifl aplica-se ao tempo entre 1 de Junho de 2014 e o final de 2018, enquanto de Preidler é de 1 de Fevereiro de 2018 e 5 de Março deste ano. É considerado que a sanção entra em vigor a 5 de Março, pelo que durará até 4 de Março de 2023. Os resultados obtidos desde o início das datas referidas até 5 de Março deste ano são anulados.
Os ciclistas têm quatro semanas para recorrer da suspensão. Caso não o façam ou esta seja confirmada, significará que Stefan Denifl irá perder a vitória na 17ª etapa da Volta a Espanha de 2018, então ao serviço da entretanto extinta Aqua Blue Sport. Alberto Contador foi segundo nesse dia.
Depois dos dois austríacos, a Operação Aderlass já levou à suspensão provisória de Kristijan Durasek (UAE Team Emirates) e Kristijan Koren (Bahrain-Merida). O primeiro estava a competir na Volta à Califórnia, o segundo no Giro e foram imediatamente afastados pelas respectivas equipas.
Também há ex-ciclistas envolvidos: Borut Bozic, Alessandro Petacchi e Danilo Hondo. O primeiro está na equipa técnica da Bahrain-Merida, enquanto Hondo, ao admitir o recurso ao doping na época de 2011, foi imediatamente despedido da federação suíça, onde era treinador.
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