21 de janeiro de 2019

João Matias e Rui Oliveira em destaque na Nova Zelândia

(Fotografia: © António Borga/Federação Portuguesa de Ciclismo)
Enquanto Ivo Oliveira estava a fazer uma boa estreia no World Tour, no Tour Down Under, pelo mesmo continente, mas noutro país e na pista, o irmão Rui Oliveira realizou mais duas excelentes prestações na pista, juntamente com João Matias e Maria Martins, em mais uma Taça do Mundo, rumo aos Jogos Olímpicos. A selecção nacional viajou até à Nova Zelândia para mais uma etapa da Taça do Mundo e obteve os melhores resultados na edição de 2018/19 tanto no madison como no omnium. Os sextos lugares são muito animadores, numa altura em que se está em pleno apuramento para os Jogos Olímpicos, mas também porque o pensamento imediato é a presença nos Mundiais, que estão aí à porta.

Em Cambridge, neste último fim-de-semana, Gabriel Mendes chamou Rui Oliveira (UAE Team Emirates), João Matias (Vito-Feirense-PNB) e Maria Martins (Sopela Women's Team) e ninguém desiludiu. Muito pelo contrário. A dupla masculina que competiu no madison esteve sempre à procura de pontuar e conseguiu fazê-lo em seis dos 12 sprints, das 120 voltas (30 quilómetros). Matias e Oliveira somaram 16 pontos. A vitória foi para o duo da casa Campbell Stewart e Aaron Gate (76 pontos). Os holandeses Yoeri Havik e Roy Pieters, com 30, e os americanos Daniel Holloway e Adrian Hegyvary, com 26, fecharam o pódio, tendo as três selecções conseguido dar uma volta de avanço às restantes equipas.

Um bom sexto lugar para começar e outro igualmente importante a fechar. No omnium, Rui Oliveira começou com um nono lugar em scratch, seguiu-se a corrida tempo, na qual foi sexto. Voltou a ser nono na eliminação. Na corrida por pontos, Rui Oliveira venceu dois sprints e foi segundo no sprint de chegada, o que valeu o sexto lugar, com 94 pontos. O vencedor foi o suíço Claudio Imhof (113), com o bielorrusso Raman Tsishkou (112) e o italiano Liam Bertazzo (108) a completarem o pódio.

O madison e o omnium são as duas disciplinas olímpicas em que Portugal procura o inédito apuramento para Tóquio2020. Na competição feminina, Maria Martins tem uma missão complicada para também ela estar nos Jogos do próximo ano no omnium, mas está a agarrar todas as oportunidades que tem para obter bons resultados. Até teve uma gripe a impedi-la de estar no seu melhor na Nova Zelândia, mas, ainda assim, fez melhor do que na sua anterior Taça do Mundo. Foi 12ª entre 22 participantes, depois de ter feito um 16º lugar na sua estreia nestas andanças, no final do ano passado, em Londres.

Foi 12ª em scratch, 15ª na corrida tempo, 10ª em eliminação. Na corrida por pontos não pontuou mas garantiu o bom 12º lugar final. Já no domingo, na corrida de scratch, Maria Martins atacou de longe e só à entrada da última volta foi apanhada. Depois de um enorme esforço, não conseguiu recuperar, terminando na 16ª e última posição.

"O balanço global é muito positivo, principalmente porque demos um passo muito importante para garantir a qualificação para o próximo Campeonato do Mundo nas disciplinas olímpicas", afirmou o seleccionador Gabriel Mendes. "Conseguimos melhorar todos os resultados em relação às rondas anteriores. Estou muito satisfeito com o desempenho de todos. Em madison melhorámos muito, fomos mais competitivos e consistentes. O Rui Oliveira esteve muito bem no omnium e a Maria Martins, apesar de debilitada devido a gripe, deu o máximo e melhorou em relação à última etapa da Taça do Mundo", salientou, citado pela Federação Portuguesa de Ciclismo.

A Equipa Portugal segue agora para Hong Kong para este fim-de-semana (de 25 a 27 de Janeiro) marcar presença em mais uma Taça do Mundo e fechar as contas a pensar nos Mundiais, que irá realizar-se em Pruszkow, Polónia, entre 27 de Fevereiro e 3 de Março.

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