27 de janeiro de 2019

Portugal sempre a melhorar e o pódio ficou tão perto

(Fotografia: Federação Portuguesa de Ciclismo)
Está a ser sempre a melhorar. As prestações dos ciclistas portugueses na pista continuam a atingir novos níveis nas Taças do Mundo. O destaque da participação da etapa de Hong Kong vai para o quarto lugar no madison, num resultado que tem tanto de bom, como de um pouco de frustrante, afinal dois pontos apenas separaram João Matias e Rui Oliveira do pódio. Mas também Maria Martins está a aproveitar muito bem as oportunidades que está a ter para competir nestas importantes provas. Foi sexta no omnium. 

Em três participações, Maria Martins passou de um 16º lugar em Londres, para um sexto em Hong Kong, com um 12º pelo meio na Nova Zelândia. Maria Martins começou com um quinto posto no scratch, um sexto na corrida tempo e 11º na eliminação. A derradeira prova, a corrida por pontos, foi disputada a uma média de 48,265 quilómetros/hora. Maria Martins não somou qualquer ponto, mas ainda assim garantiu o melhor resultado de sempre no ciclismo de pista feminino de Portugal, numa Taça do Mundo. Terminou o concurso do omnium com 82 pontos.

A holandesa Kirsten Wild, campeã mundial da disciplina, venceu com 137 pontos, a francesa Laurie Berthon foi segunda, com 114 e a australiana Alexandra Manly fechou o pódio com 112. 

Apesar do próximo objectivo serem os Mundiais de Pruszkow, na Polónia, entre 27 de Fevereiro e 3 de Março, a qualificação para os Jogos Olímpicos está sempre presente na mente dos ciclistas. Por isso mesmo, o quarto lugar no madison da dupla Matias/Oliveira é ainda mais relevante. Os dois ciclistas realizaram uma excelente prova, tendo estado praticamente toda corrida em lugares de pódio. Só no último sprint a dupla acabou por cair para o quarto posto. A Equipa Portugal não conseguiu pontuar, finalizando a prova com 19 pontos, a apenas dois dos franceses Benjamin Thomas e Florian Maitre.

Os neozelandeses Thomas Sexton e Campbell Stewart foram os vencedores com 33 pontos, seguidos pelos australianos Sam Welsford e Kelland O’Brien, que somaram 29.

No sábado, João Matias havia alcançado outro bom resultado no scratch, um sexto lugar, enquanto na disciplina olímpica do omnium, Rui Oliveira teve um mau dia, ficando apenas no 19º posto.

Foram semanas intensas da selecção de pista, que agora espera por conhecer as quotas para os Mundiais, para assim Gabriel Mendes escolher os ciclistas que irão representar Portugal.

O regresso de David Rosa

Também no BTT Portugal teve um ciclista em acção este fim-de-semana. Foi o final de uma longa paragem para o atleta olímpico David Rosa, que não competia desde Maio do ano passado. Em Lanzarote, foi 17º no sábado, melhorando para 13º no domingo na prova espanhola.

"O David Rosa andou sempre no grupo da frente, em mais uma etapa de velocidade muito elevada para o BTT. Numa etapa mais longa do que a de véspera, as sensações do David já foram melhores, o que nos deixa optimistas para o que ainda falta de competição", afirmou o seleccionador Pedro Vigário, quando ficam a faltar duas etapas da prova.

Na estrada, mas pelas respectivas equipas, Ruben Guerreiro (Katusha-Alpecin) e Ivo Oliveira (UAE Team Emirates) estiveram na Cadel Evans Great Ocean Race, na Austrália. O campeão nacional de 2017 foi 15º, com o mesmo tempo do vencedor, o italiano Elia Viviani (Deuceninck-QuickStep). Já Ivo abandonou na sua segunda corrida do World Tour.


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