(Fotografia: Federação Portuguesa de Ciclismo) |
Rui Costa irá abrir a temporada no Tour Down Under, o que será uma estreia na sua carreira. Apesar da UAE Team Emirates ter sido uma das equipas do World Tour a inscrever-se na Volta ao Algarve, o ciclista português mantém o que já tinha previsto e, depois da viagem à Austrália, regressa à Volta a Omã - que coincide com a Algarvia -, seguindo depois para Abu Dhabi, corrida que venceu em 2017. No entanto, o calendário conhecido pára após as clássicas das Ardenas, ficando a incógnita qual será a grande volta em que irá apostar.
No ano passado, o campeão do mundo de 2013 mudou a sua temporada, concentrando-se no Giro, deixando o Tour de parte. A juntar à estreia em Itália, fez o mesmo na Volta a Espanha. Na Vuelta acabou por estar muito discreto, só aparecendo já perto do final, mas no Giro ficou três vezes em segundo lugar. No entanto, a paixão de Rui Costa sempre foi a Volta a França e o ciclista português não esconde o desejo de regressar à corrida, na qual já conquistou três etapas. Além da dúvida quanto à grande volta (ou voltas) que irá fazer, também fica por esclarecer qual o papel de Rui Costa numa UAE Team Emirates que se reforçou com Fabio Aru e Daniel Martin.
O italiano estará no Giro, com o irlandês a ser apontado para o Tour, ainda que não tenha sido confirmado oficialmente. Contudo, não está colocada de parte os dois estarem em França, pois a equipa procurará o maior mediatismo possível, a que se juntará Alexander Kristoff para os sprints.
Para já, Rui Costa está concentrado em começar bem o ano, tal como aconteceu em 2017, então com uma vitória na etapa rainha da Volta a San Juan. A grande diferença é que ao contrário da corrida argentina, a australiana pertence ao World Tour. "Vou participar pela primeira vez na minha carreira no Tour Down Under. Quero conhecer esta corrida e estou bem ciente que vou enfrentar ciclistas que já estão em grande forma, especialmente os australianos", afirmou o ciclista português, através de um comunicado. "Para mim será o início de uma longa temporada e será interessante ver os primeiros resultados dos treinos de inverno. Espero que já tenhamos um bom ritmo", acrescentou.
Depois do Tour Down Under (de 16 a 21 de Janeiro), Omã (13 a 18 de Fevereiro) e Abu Dhabi (21 a 25), Rui Costa regressará à Europa para o Paris-Nice (4 a 11 de Março), a Volta ao País Basco (2 a 7 de Abril), seguindo-se a semana das Ardenas, com a Amstel Gold Race (15), Flèche Wallonne (18) e o monumento Liège-Bastogne-Liège (22), uma clássica muito apreciada pelo português, que já fez pódio e procura uma vitória.
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O Tour Down Under terá um pelotão muito competitivo, como tem sido habitual. Richie Porte (BMC) tentará novo triunfo em casa, com os irmãos Izagirre - Gorka e Ion - a quererem fazer frente ao australiano, agora que estão novamente juntos, mas na Bahrain-Merida. Peter Sagan (Bora-Hansgrohe), André Greipel (Lotto Soudal), Caleb Ewan (Mitchelton-Scott) e Elia Viviani (Quick-Step Floors) animarão os sprints.
O contingente português do World Tour deverá estar todo presente. Só falta confirmar Ruben Guerreiro, que em 2017, na estreia pela Trek-Segafredo, esteve na luta pela classificação da juventude. Chegou a liderá-la, terminando em terceiro. Nelson Oliveira e Nuno Bico foram chamados pela Movistar, enquanto a Katusha-Alpecin contará com José Gonçalves e Tiago Machado.
Quanto a Rui Costa, que entra no seu último ano de contrato com a actual equipa, terá a seu lado um ciclista que já fez pódio no Tour Down Under, Diego Ulissi, e que salientou que é uma corrida na qual sempre encontrou "condições perfeitas para as primeiras pedaladas competitivas". A UAE Team Emirates escolheu mais italianos para completar a equipa: Matteo Bono, Simone Consonni, Roberto Ferrari, Marco Marcato e Manuele Mori.
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