(Fotografia: Facebook Jens Voigt) |
Mesmo não sendo uma competição, um desafio é sempre para levar a sério na perspectiva de Jens Voigt, ainda mais quando o objectivo é angariar dinheiro para a luta contra o cancro. Há um ano foi o Everest Challenge - enfrentou uma subida em Berlim as vezes necessárias até atingir a altitude do Evereste - e este ano pretendia correr sete maratonas em sete dias. Porém, ao fim de quatro, a sua perna obrigou-o a parar. Conhecido pelo slogan "shut up legs" (calem-se pernas), desta vez teve mesmo de as ouvir. Uma infecção deixou-o com muitas dificuldades em andar e os médicos aconselharam-no a parar. Os seus apoiantes é que não deixaram cair o objectivo e inverteram-se os papéis: foram eles correr e Voigt a apoiar.
"Foi uma semana emocional e o que aconteceu foi surreal. Corri 168,8 quilómetros em quatro dias, que acabaram em desastre para as minhas pernas. Apanhei uma infecção bacteriana que se chama erisipela. Desistir foi a opção certa. A saúde está primeiro e afinal é essa a razão por que estou a apoiar a Tour de Cure Australia", escreveu Voigt na sua página de Facebook. O alemão descreve a última semana como épica e recordou que apesar de ter desistido do desafio, mantém-se aberta a angariação de dinheiro, cujas doações podem ser feitas através deste link. No momento em que este texto é escrito, foram angariados quase 16 mil dólares, cerca de 13.500 euros.
(Fotografia: Facebook Jens Voigt) |
Voigt, de 46 anos, terminou a carreira de ciclista em 2014. A sua última corrida foi o USA Pro Challenge, mas ainda foi fazer o recorde da hora, sendo ele um dos principais responsáveis pelo interesse que voltou a gerar em alguns corredores. O germânico tem estado sempre activo, seja a pedalar ou a correr, mas também como comentador. Muito activo nas redes sociais, não se coibiu de mostrar o estado da sua perna após as quatro maratonas.
Com a ajuda do site Tua Saúde, a erisipela "é uma infecção da camada superficial da pele que provoca feridas vermelhas, inflamadas e dolorosas, e se desenvolve principalmente nas pernas" e "é geralmente, causada por uma bactéria chamada streptcoccus pyogenes, que também pode causar uma forma mais grave da doença, chamada de erisipela bolhosa, que provoca feridas com bolhas com líquido". Tem tratamento, ainda que na pior das hipóteses possa tornar-se numa doença crónica.
Perante este panorama não surpreende que Voigt tenha mesmo terminado a sua senda de maratonas. Agora serão duas semanas de descanso. Depois é esperar pelo próximo desafio de Voigt.
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