Não vale a pena os sprinters protestarem. A Vuelta não é para eles e só para que não restem dúvidas que a receita do sucesso é para manter, ao segundo dia teremos logo uma chegada a subir (terceira categoria) e ao quarto será a primeira em alto, das nove que marcarão as 21 etapas. A organização da Volta a Espanha manteve-se leal ao percurso que nos últimos anos permitiu a corrida demarcar-se do Giro e do Tour: muita montanha e etapas curtas, para promover muita intensidade quase todos os dias. As audiências têm aumentado, os ciclistas mais importantes do pelotão internacional vão colocando cada vez mais a Vuelta como um dos objectivos da temporada e não apenas como a segunda volta do ano, a pensar nos Mundiais. Em Espanha, aproveita-se a chegada dos ciclistas já com muitos quilómetros em cima de uma longa época, para com a muita montanha procurar um espectáculo mais espontâneo e não tão calculado, como se assiste no Tour, por exemplo.
Em 2018 não haverá Alberto Contador, nem Chris Froome (em princípio), duas das grandes figuras da última edição. O espanhol retirou-se e o britânico aponta ao Giro e Tour, ainda que até à resolução do caso de salbutamol - que lhe poderá custar a vitória na última Vuelta - poucas são as certezas na época do líder da Sky. Mikel Landa já confirmou que lá estará, depois de fazer a Volta a França. O espanhol anunciou a sua temporada e irá mesmo partilhar a liderança com Nairo Quintana no Tour. A Movistar poderá mesmo jogar o trio Landa/Quintana/Valverde na Vuelta. Fabio Aru (UAE Team Emirates) é outra das figuras que elegeu a Vuelta. Agora é esperar para saber quem quer enfrentar uma corrida que promete, como tem sido hábito nos anos mais recentes.
Quanto ao percurso, há que começar pelo fim. A penúltima etapa, dia 15 de Setembro (sábado), é uma para se marcar na agenda. Serão 105,8 quilómetros com Andorra a dominar o cenário. Seis subidas categorizadas (imagem ao lado): começa com uma de segunda, depois três de primeira, segue-se uma de terceira e a meta será numa de primeira, em La Gallina. Será que se pode convidar Alberto Contador para esta etapa? Esta é uma que tem o seu nome escrito do primeiro ao último quilómetro, mas o espanhol estará do lado de fora, a comentar no Eurosport.
No dia antes, Andorra também receberá um final de etapa, que é praticamente plana até ao momento da decisão, mas perante o desgaste acumulado, será uma subida que poderá provocar alguma tensão, já que ninguém quererá perder tempo para um último dia brutal, ou alguém poderá procurar fazer algum estrago.
A expectativa é que a 20ª etapa possa ser decisiva. É que das nove chegadas em alto, seis são entre a 13ª etapa e a penúltima. Na 15ª o pelotão sobe aos Lagos de Covadonga, num dia com quatro mil metros de desnível acumulado. Será um final de segunda semana muito complicado. E depois do dia de descanso virá o contra-relógio de 32,7 quilómetros, querterminará em Torrelavega.
Lagos de Covadonga são o palco da segunda chegada de categoria especial. A primeira aparecerá na nona tirada, em La Covatilla, num dos dias mais longos, com 195 quilómetros a terem de ser cumpridos. Só num se ultrapassará os 200. Será na 11ª, mas os 208,8 quilómetros serão um pouco acidentados, com três terceiras categorias e uma segunda. E atenção a este dia para quem em Portugal possa querer assistir in loco, pois será na zona da Galiza, perto da fronteira, tal como no dia seguinte.
Etapas mais planas serão seis, três na primeira semana, antes da subida a La Covatilla. Málaga recebe a partida da Vuelta, a 25 de Agosto, e tudo volta a terminar em Madrid, a 16 de Setembro.
A 73ª edição ficará ainda marcada por umas subidas que farão a estreia, com o organizador a destacar a das Astúrias e a do País Basco. "Les Praeres, em Nava [13ª etapa] e Balcón de Bizkaia [17ª] vão tornar-se a partir de 2018 inolvidáveis para o espectador", salientou Javier Guillén. O director da Vuelta realçou ainda que quer que "a montanha seja novamente a chave para decidir" a corrida. "[As montanhas] são marcas de identidade que deram um novo impulso à corrida e são as que vamos continuar a defender", realçou.
Até à Volta a Espanha haverá muito ciclismo, com a época perto de arrancar para muitos ciclistas no dia 16, no Tour Down Under. Clássicas, Giro, Tour, muitos quilómetros para cumprir. Agora que já se conhecem as três grandes voltas, que se passe à acção e que comece o espectáculo.
1ª etapa, 25 de Agosto: Málaga - Málaga (contra-relógio individual), 8 km
2ª etapa, 26 de Agosto: Marbelha - Caminito del Rey, 163,9 km
3ª etapa, 27 de Agosto: Mijas - Alhaurin de la Torre, 182,5 km
4ª etapa, 28 de Agosto: Vélez-Málaga - Alfacar, 162 km
5ª etapa, 29 de Agosto: Granada - Roquetas del Mar, 188 km
6ª etapa, 30 de Agosto: Huercal-Overa - Saint Javier, 153 km
7ª etapa, 31 de Agosto: Puerto Lumbreras - Pozo Alcon, 182 km
8ª etapa, 1 de Setembro: Linares - Almaden, 195,5 km
9ª etapa, 2 de Setembro: Talavera de la Reina - La Covatilla, 195 km
Dia de descanso: 3 de Setembro (segunda-feira)
10ª etapa, 4 de Setembro: Salamanca - Fermoselle, 172,5 km
11ª etapa, 5 de Setembro: Monbuey - Luintra, 208,8 km
12ª etapa, 6 de Setembro: Mondoñedo - Estaca de Bares, 177,5 km
13ª etapa, 7 de Setembro: Candas - La Camperona, 175,5 km
14ª etapa, 8 de Setembro: Cistierna - Les Praeres, 167 km
15ª etapa, 9 de Setembro: Ribera de Arriba - Lagos de Covadonga, 185,5 km
Dia de descanso: 10 de Setembro (segunda-feira)
16ª etapa, 11 de Setembro: Santillana del Mar - Torrelavega (contra-relógio individual), 32,7 km
17ª etapa, 12 de Setembro: Getxo - Monte Oiz/Balcon de Bizkaia, 166,4 km
18ª etapa, 13 de Setembro: Ejea de los Caballeros - Lleida, 180,5 km
19ª etapa, 14 de Setembro: Lleida - Naturlandia (Andorra), 157 km
20ª etapa, 15 de Setembro: Escaldes-Engordany - Coll de la Gallina (Andorra), 105,8 km
21ª etapa, 16 de Setembro: Alcorcón - Madrid, 112,3 km
»»Uma batalha nos Alpes para decidir um Giro que já é histórico««
»»Um Tour para testar ainda mais Chris Froome e a Sky««
Em 2018 não haverá Alberto Contador, nem Chris Froome (em princípio), duas das grandes figuras da última edição. O espanhol retirou-se e o britânico aponta ao Giro e Tour, ainda que até à resolução do caso de salbutamol - que lhe poderá custar a vitória na última Vuelta - poucas são as certezas na época do líder da Sky. Mikel Landa já confirmou que lá estará, depois de fazer a Volta a França. O espanhol anunciou a sua temporada e irá mesmo partilhar a liderança com Nairo Quintana no Tour. A Movistar poderá mesmo jogar o trio Landa/Quintana/Valverde na Vuelta. Fabio Aru (UAE Team Emirates) é outra das figuras que elegeu a Vuelta. Agora é esperar para saber quem quer enfrentar uma corrida que promete, como tem sido hábito nos anos mais recentes.
Quanto ao percurso, há que começar pelo fim. A penúltima etapa, dia 15 de Setembro (sábado), é uma para se marcar na agenda. Serão 105,8 quilómetros com Andorra a dominar o cenário. Seis subidas categorizadas (imagem ao lado): começa com uma de segunda, depois três de primeira, segue-se uma de terceira e a meta será numa de primeira, em La Gallina. Será que se pode convidar Alberto Contador para esta etapa? Esta é uma que tem o seu nome escrito do primeiro ao último quilómetro, mas o espanhol estará do lado de fora, a comentar no Eurosport.
No dia antes, Andorra também receberá um final de etapa, que é praticamente plana até ao momento da decisão, mas perante o desgaste acumulado, será uma subida que poderá provocar alguma tensão, já que ninguém quererá perder tempo para um último dia brutal, ou alguém poderá procurar fazer algum estrago.
A expectativa é que a 20ª etapa possa ser decisiva. É que das nove chegadas em alto, seis são entre a 13ª etapa e a penúltima. Na 15ª o pelotão sobe aos Lagos de Covadonga, num dia com quatro mil metros de desnível acumulado. Será um final de segunda semana muito complicado. E depois do dia de descanso virá o contra-relógio de 32,7 quilómetros, querterminará em Torrelavega.
Lagos de Covadonga são o palco da segunda chegada de categoria especial. A primeira aparecerá na nona tirada, em La Covatilla, num dos dias mais longos, com 195 quilómetros a terem de ser cumpridos. Só num se ultrapassará os 200. Será na 11ª, mas os 208,8 quilómetros serão um pouco acidentados, com três terceiras categorias e uma segunda. E atenção a este dia para quem em Portugal possa querer assistir in loco, pois será na zona da Galiza, perto da fronteira, tal como no dia seguinte.
Etapas mais planas serão seis, três na primeira semana, antes da subida a La Covatilla. Málaga recebe a partida da Vuelta, a 25 de Agosto, e tudo volta a terminar em Madrid, a 16 de Setembro.
A 73ª edição ficará ainda marcada por umas subidas que farão a estreia, com o organizador a destacar a das Astúrias e a do País Basco. "Les Praeres, em Nava [13ª etapa] e Balcón de Bizkaia [17ª] vão tornar-se a partir de 2018 inolvidáveis para o espectador", salientou Javier Guillén. O director da Vuelta realçou ainda que quer que "a montanha seja novamente a chave para decidir" a corrida. "[As montanhas] são marcas de identidade que deram um novo impulso à corrida e são as que vamos continuar a defender", realçou.
Até à Volta a Espanha haverá muito ciclismo, com a época perto de arrancar para muitos ciclistas no dia 16, no Tour Down Under. Clássicas, Giro, Tour, muitos quilómetros para cumprir. Agora que já se conhecem as três grandes voltas, que se passe à acção e que comece o espectáculo.
1ª etapa, 25 de Agosto: Málaga - Málaga (contra-relógio individual), 8 km
2ª etapa, 26 de Agosto: Marbelha - Caminito del Rey, 163,9 km
3ª etapa, 27 de Agosto: Mijas - Alhaurin de la Torre, 182,5 km
4ª etapa, 28 de Agosto: Vélez-Málaga - Alfacar, 162 km
5ª etapa, 29 de Agosto: Granada - Roquetas del Mar, 188 km
6ª etapa, 30 de Agosto: Huercal-Overa - Saint Javier, 153 km
7ª etapa, 31 de Agosto: Puerto Lumbreras - Pozo Alcon, 182 km
8ª etapa, 1 de Setembro: Linares - Almaden, 195,5 km
9ª etapa, 2 de Setembro: Talavera de la Reina - La Covatilla, 195 km
Dia de descanso: 3 de Setembro (segunda-feira)
10ª etapa, 4 de Setembro: Salamanca - Fermoselle, 172,5 km
11ª etapa, 5 de Setembro: Monbuey - Luintra, 208,8 km
12ª etapa, 6 de Setembro: Mondoñedo - Estaca de Bares, 177,5 km
13ª etapa, 7 de Setembro: Candas - La Camperona, 175,5 km
14ª etapa, 8 de Setembro: Cistierna - Les Praeres, 167 km
15ª etapa, 9 de Setembro: Ribera de Arriba - Lagos de Covadonga, 185,5 km
Dia de descanso: 10 de Setembro (segunda-feira)
16ª etapa, 11 de Setembro: Santillana del Mar - Torrelavega (contra-relógio individual), 32,7 km
17ª etapa, 12 de Setembro: Getxo - Monte Oiz/Balcon de Bizkaia, 166,4 km
18ª etapa, 13 de Setembro: Ejea de los Caballeros - Lleida, 180,5 km
19ª etapa, 14 de Setembro: Lleida - Naturlandia (Andorra), 157 km
20ª etapa, 15 de Setembro: Escaldes-Engordany - Coll de la Gallina (Andorra), 105,8 km
21ª etapa, 16 de Setembro: Alcorcón - Madrid, 112,3 km
»»Uma batalha nos Alpes para decidir um Giro que já é histórico««
»»Um Tour para testar ainda mais Chris Froome e a Sky««
Sem comentários:
Enviar um comentário