22 de janeiro de 2018

Richie Porte regressa à Volta ao Algarve

(Fotografia: Chris Auld Photography/BMC)
Mais um cabeça de cartaz de luxo a juntar a um elenco que vai ficando cada vez mais interessante. Richie Porte planeia regressar à Volta ao Algarve, corrida que venceu em 2012 e que coloca como uma das de preparação rumo ao tão ambicionado Tour. A BMC é uma das novidades para 2018 entre as 13 equipas do World Tour que estarão na Algarvia e trará assim uma das suas principais figuras. Ao australiano junta-se a promessa belga, Dylan Teuns, que realizou uma segunda metade de temporada fortíssima e que cada vez mais se afirma como um ciclista a ter em conta para as provas por etapas.

Se Teuns (25 anos) merece receber atenção, naturalmente que esta se irá centrar em Richie Porte. Atravessou um dos melhores momentos da sua carreira em 2017, surgindo na Volta a a França numa forma invejável. No entanto, uma queda violenta terminou com as suas aspirações e também com a época. O australiano irá celebrar o 33º aniversário no próximo dia 30 e aponta a recuperar a condição física da temporada passada, para assim ir atrás de um Tour que tanto deseja e que já demonstrou ter condições para o discutir.

Apesar de apontar o pico de forma só para Julho, Richie Porte será sempre um nome a ter em conta na Volta ao Algarve. Em 2012 foi o vencedor, então em representação da Sky, num pódio simplesmente brilhante: Tony Martin foi segundo e Bradley Wiggins terceiro. Porte era então um fiel escudeiro da equipa que tinha vencido o Tour com Wiggins e que se preparava para o atacar com Chris Froome.

A última vez que o australiano esteve na Algarvia foi em 2015, ainda com a Sky. Terminou no quarto lugar, a 1:14 minutos do colega de equipa Geraint Thomas. Porém, Porte subiu ao pódio em Vilamoura, onde terminou nesse ano a corrida, para receber a camisola de rei da montanha.

Richie Porte começou o ano com a já habitual vitória na etapa rainha do Tour Down Under, em Willunga Hill. Já são cinco consecutivas. Contudo, a geral foi para o sul-africano da Mitchelton-Scott, Daryl Impey, com Porte a ficar em segundo. O ciclista vai continuar pelo seu país, onde disputará no domingo a Cadel Evans Great Ocean Race. Já o restante calendário até ao Tour, sofreu algumas alterações comparativamente a 2017, em parte devido à gravidez da sua esposa.

"A minha mulher está à espera de bebé para o fim de Maio. Para aproveitar totalmente este momento, adiei o meu regresso à competição para a Volta à Suíça, onde nunca competi, e vou esperar pelo próximo ano para ganhar o Dauphiné", explicou ao L'Equipe. Também o Paris-Nice saiu das suas escolhas e foi a falar sobre esta decisão que surgiu a confirmação que estará em Portugal: "Vou também alterar o meu calendário de Primavera. Adoro o Paris-Nice, mas depois da Volta ao Algarve, quero enfrentar o Froome e o Nibali no Tirreno-Adriatico."

Tony Martin (Katusha-Alpecin), Geraint Thomas (Sky), Daniel Martin (UAE Team Emirates), Peter Kennaugh (Bora-Hansgrohe), Louis Meintjes (Dimension Data) e Arnaud Démare (FDJ) são alguns dos nomes já confirmados como estando nos pré-inscritos das respectivas equipas. Bauke Mollema e John Degenkolb (Trek-Segafredo), Philippe Gilbert e Bob Jungels (Quick-Step Floors), Dylam Groenewegen (Lotto-Jumbo) são outros ciclistas que também poderão estar nas estradas algarvias entre 14 e 18 de Fevereiro.

Porte considera mau para o ciclismo ausência de Froome no Tour

O tema Chris Froome é incontornável, ainda mais quando se está perante um ciclista que tanto ajudou o britânico quando foi seu companheiro na Sky e de quem é amigo. No último Critérium du Dauphiné a amizade foi testada quando Froome atacou e acabou por contribuir para que Richie Porte perdesse a corrida para Jakob Fuglsang (Astana). Já no Tour, o australiano não teve o frente-a-frente esperado com o antigo colega devido à queda e o "confronto" poderá não acontecer novamente em 2018.

O caso do salbutamol deixa o futuro incerto para Chris Froome, que apesar de poder competir enquanto apresenta a sua defesa, muitas são as vozes para que não esteja nas corridas. O presidente da UCI, David Lappartient, apelou mesmo aos organizadores do Giro e Tour para não permitirem a presença de Froome até o processo estar concluído, em nome da imagem da modalidade e das competições em causa, ainda que essa decisão poderá criar problemas a nível de regulamentos. Porte respondeu não alimentou polémicas e respondeu assim: "Não será bom para o ciclismo se o campeão em título não estiver lá, mas haverá sempre outros adversários, como Romain Bardet e Vincenzo Nibali, que já ganhou quase tudo."

Richie Porte salientou que muito pode acontecer até ao início da Volta a França, a 7 de Julho, no entanto, e como se pode ver pelas declarações, espera encontrar Froome na estrada logo no Tirreno-Adriatico, ainda que o britânico não tenha confirmado qualquer calendário, além do Giro e do Tour.

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