(Fotografia: Carlos Viegas/Centro de Ciclismo de Loulé) |
Como qualquer atleta, mesmo com apenas 15 anos, Tomás já percebeu que terá de fazer muitos sacrifícios se um dia quiser vestir a camisola do arco-íris, de campeão do mundo. "É duro. As horas de treino são muitas. Treinamos seis dias por semana, temos um dia de descanso e às vezes nem é bem descanso. É o dia a seguir à corrida, em que vamos dar uma voltinha para desanuviar. É muito difícil conjugar a escola com o ciclismo. À medida que se vai avançado, são mais as horas de treino e são mais as horas de estudo", salientou Tomás Martins ao Volta ao Ciclismo. Admitiu que às vezes custa chegar a casa ao final da tarde, depois de um dia na escola, e ainda ter de ir treinar: "Tem de ser se quiser seguir e obter resultados."
Atentos a Tomás estão os seus pais. Um claro apoio ao sonho deste jovem. Foi com o pai que começou a dar os primeiros passeios de bicicleta, quando Tomás era ainda uma criança. Foi o tio quem lhe ofereceu a primeira bicicleta. Tomás contou como antigamente via uma subida e achava que estava na altura de voltar para trás, hoje enfrenta-as sem receio. A Volta a França fez crescer o "bichinho" do ciclismo e quando soube da escola em Loulé, não hesitou em inscrever-se. Começou com a bicicleta de BTT, até que o pai, perante a dedicação de Tomás, comprou-lhe uma de estrada.
"Eu sou um faz tudo. Gosto mais de subir e não tanto de sprintar. Sou um ciclista completo"
"Ser ciclista é uma coisa que gostava de fazer, mas não é uma obsessão chegar a profissional. Vou vivendo época a época e conforme o que o ciclismo me der, eu darei ao ciclismo", afirmou. E como se descreve como ciclista? "Eu sou um faz tudo. Gosto mais de subir e não tanto de sprintar. Sou um ciclista completo e tenho de usar bem a cabeça. É preciso pensar e saber quando usar a força." E talvez fosse precisamente isso que estaria a fazer quando competiu no Festival de Pista de Tavira, onde teve a oportunidade de conviver, fora da competição, com alguns dos principais nomes do ciclismo nacional.
Apesar de ainda ter muita experiência para adquirir, Tomás Martins parece ter bem delineado como quer evoluir. "Este ano não procurei muito os resultados. Foi mais para a aprendizagem. Fiquei satisfeito com alguns, mas tive azar na Volta. Caí duas vezes", explicou. Desistir é uma palavra que nem quer ouvir. "Acabo sempre as corridas. Não vale a pena fazer tantos quilómetros [de viagem] e desistir. Claro que às vezes acabo chateado e outra vezes contente."
Para Tomás, esta fase no ciclismo vai além das vitórias: "Nestes escalões não são muito importantes. Há que evoluir, criar amizades, conhecer pessoas, podemos conhecer o país... É uma experiência muito enriquecedora." Como cadete referiu que foi um ano mais difícil, "mais a sério", como descreveu. E deixa um elogio à equipa que lhe dá garantias de continuar a fazer o que mais quer: evoluir. "O clube dá todas as condições. Nós somos do Algarve e para fazer uma prova temos de fazer no mínimo 400 quilómetros de ida e volta. Na Volta a Portugal de Cadetes fizemos três mil quilómetros para cumprir as três etapas. É muito dispendioso, mas o clube tem dado uma boa resposta e não nos tem faltado corridas. Não nos tem faltado nada", realçou.
Tomás Martins vai continuar a tentar conjugar o ciclismo e a escola, afinal há uns sonhos que ambiciona de tentar concretizar. "O que eu gostava mesmo era de ser campeão do mundo. Gosto mesmo da camisola e comprada não tem o mesmo valor do que se for ganha!" Mas há mais: "A Volta a França também é um objectivo, tal como ser campeão nacional, seja em que escalão for." O jovem ciclista utiliza um capacete igual ao utilizados pela extinta Tinkoff. "Não vou ser um Contador! Só chegar a profissional e sair de Portugal seria excelente", disse, querendo para já dar um passo de cada vez no Centro de Ciclismo de Loulé.
Agora os passeios com o pai já não são tão frequentes. "Para mim agora são mais de descompressão!" Porém, continua a gostar de os fazer e, quem sabe, um dia os faça com uma camisola de arco-íris vestida. Ganha e não comprada.
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O importante apoio dos pais na escolha de Tomás em ser ciclista |
Para Tomás, esta fase no ciclismo vai além das vitórias: "Nestes escalões não são muito importantes. Há que evoluir, criar amizades, conhecer pessoas, podemos conhecer o país... É uma experiência muito enriquecedora." Como cadete referiu que foi um ano mais difícil, "mais a sério", como descreveu. E deixa um elogio à equipa que lhe dá garantias de continuar a fazer o que mais quer: evoluir. "O clube dá todas as condições. Nós somos do Algarve e para fazer uma prova temos de fazer no mínimo 400 quilómetros de ida e volta. Na Volta a Portugal de Cadetes fizemos três mil quilómetros para cumprir as três etapas. É muito dispendioso, mas o clube tem dado uma boa resposta e não nos tem faltado corridas. Não nos tem faltado nada", realçou.
"A Volta a França também é um objectivo, tal como ser campeão nacional, seja em que escalão for"
Tomás Martins vai continuar a tentar conjugar o ciclismo e a escola, afinal há uns sonhos que ambiciona de tentar concretizar. "O que eu gostava mesmo era de ser campeão do mundo. Gosto mesmo da camisola e comprada não tem o mesmo valor do que se for ganha!" Mas há mais: "A Volta a França também é um objectivo, tal como ser campeão nacional, seja em que escalão for." O jovem ciclista utiliza um capacete igual ao utilizados pela extinta Tinkoff. "Não vou ser um Contador! Só chegar a profissional e sair de Portugal seria excelente", disse, querendo para já dar um passo de cada vez no Centro de Ciclismo de Loulé.
Agora os passeios com o pai já não são tão frequentes. "Para mim agora são mais de descompressão!" Porém, continua a gostar de os fazer e, quem sabe, um dia os faça com uma camisola de arco-íris vestida. Ganha e não comprada.
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