(Fotografia: nuestrociclismo.com/Flickr) |
Óscar Soliz foi um dos ciclistas que acusou positivo nos testes anti-doping realizados na Volta à Colômbia, em Agosto. O boliviano assumiu o acto que lhe poderá custar quatro anos de suspensão e possivalmente o final da sua carreira. Soliz admitiu que se sentia desesperado perante a situação de incerteza quanto ao futuro que estava a viver e acabou por ceder quando lhe foi oferecida uma substância, cerca de 20 dias antes da corrida começar. O ciclista irá defender-se perante a UCI para pelo menos tentar não receber a sanção mais pesada.
"Lamento muito pela minha equipa, pelo meu país, por ter cometido um erro e também por confiar em certas pessoas na Colômbia", afirmou Soliz ao jornal La Rázon. O ciclista acrescentou que ele é o único responsável do que aconteceu, garantindo que a Movistar Team América, com sede na Colômbia, não está envolvida, "nem tão pouco a culpa é de outras pessoas", frisou. Aos 32 anos, Soliz foi para a corrida a saber que a estrutura que representava há vários anos ia fechar portas. Explicou que não estava nas melhores condições de saúde e sentia ainda a pressão de nas últimas duas edições não ter terminado a competição.
"Estava desesperado e psicologicamente afectado com tudo o que estava a acontecer. Estava a passar um mau momento. A Volta à Colômbia era muito importante para mim", realçou. Soliz procurava um bom resultado para tentar receber uma boa proposta de outra equipa e assim continuar a carreira. Foi oitavo, a 6:05 minutos do vencedor, o colombiano Aristobulo Cala. Esteve ainda perto de ganhar a nona etapa.
Soliz abdicou da contra-análise - a primeira detectou CERA, terceira geração de EPO -, querendo agora resolver o caso e assim saber como poderá prosseguir a sua vida. Porém, já vai fazendo planos que não incluem competir, mas não perde a esperança. "Vou continuar a apoiar as crianças no ciclismo e também vou dedicar-me a outras coisas. No entanto, vou continuar a treinar, tentar regressar e demonstrar que se pode", afirmou.
Para já ficará longe das corridas e a Bolívia fica sem um dos seus melhores ciclistas. A nível interno soma várias vitórias, tendo sido campeão de estrada e bicampeão de contra-relógio. Venceu onze etapas da volta do seu país e por uma vez a geral, em 2010. No ano passado viveu um dos momentos mais importantes quando foi chamado para representar a Bolívia nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, mas acabou por abandonar.
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