López é o actual campeão de sub-23 (Fotografia: Twitter Boyacá es para vivirla) |
Róbinson López preparava-se para viajar para a Europa, onde esperava poder mostrar-se noutros palcos e assim seguir o exemplo de cada vez mais compatriotas colombianos. Daquele país saem cada vez mais talentos que se afirmam ao mais alto nível. No entanto, com apenas 21 anos, o campeão nacional de sub-23 pode ficar com a carreira em suspenso devido a um teste positivo de doping. López acusou CERA, também chamada de EPO de terceira geração, e enfrenta uma pena pesada caso a contra-análise confirme o resultado.
O ciclista da Boyacá Es Para Vivirla esteve em destaque na Volta à Colômbia, em Agosto, terminando na 14ª, sendo o melhor jovem. Porém, foi precisamente uma amostra recolhida durante essa competição que acabou por dar o resultado positivo. A CERA é uma substância que estimula a produção de glóbulos vermelhos no sangue, melhorando a capacidade aeróbica do atleta. Isto é, melhora a resistência.
A Unieuro Trevigiani-Hemus 1896, equipa búlgara mas com raízes italianas, pretendia contar com Róbinson López em 2018. No entanto, visto que o contrato ainda não tinha sido assinado, o acordo ficou sem efeito. Esta formação Continental, que este ano contou com o português João Almeida, aposta em jovens ciclistas, proporcionando-lhes experiência em corridas muito competitivas, principalmente em Itália. Perante a notificação do teste positivo, a Unieuro Trevigiani-Hemus 1896 salientou a sua política rígida contra o doping para justificar a decisão mais do que esperada.
Fecham-se as portas da Europa para López e se a contra-análise confirmar o primeiro resultado - desconhece-se se já foi pedida - o ciclista poderá enfrentar uma suspensão que ameaça chegar aos quatro anos. Esse é, pelo menos, o exemplo mais recente. João Gaspar, brasileiro da Funvic Soul Cycles que testou positivo por CERA na Volta a Portugal em 2016, viu ser aplicada precisamente essa pena.
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