27 de julho de 2017

Zubeldia com bicicleta especial e dorsal número 1 na corrida de despedida

(Fotografia: Kristof Ramon/Trek-Segafredo)
Se é para "pendurar a bicicleta" então que seja uma tão especial como o momento que o ciclista vai viver. Haimar Zubeldia fará os últimos quilómetros de uma longa carreira no sábado. A Clássica de San Sebastián marcará o ponto final em 20 anos de profissionalismo e a Trek-Segafredo escolheu duas formas de dizer obrigado por tudo o que o espanhol deu à equipa e ao ciclismo. Zubeldia terá uma bicicleta personalizada para a ocasião e envergará ainda o dorsal número um, que deveria pertencer ao colega Bauke Mollema, o vencedor em 2016.

O anúncio do adeus foi feito durante a Volta a França. Zubeldia tem 40 anos e passou grande parte da sua carreira na Euskatel-Euskadi. Depois de um ano na Astana, assinou em 2010 pela então RadioShack, que viria a resultar na actual estrutura da Trek-Segafredo. Nunca foi um homem de vitórias, mas sempre foi visto como um gregário importante, conseguindo ainda assim alguns resultados pessoais muito bons. "Entrei no ciclismo profissional num pelotão com Pantani, Zülle, Olano e Jalabert. Foram 20 anos de momentos mágicos com Ullrich, Basso, Armstrong e Beloki. Agora, 20 anos depois, vou colocar o meu último dorsal num pelotão com Froome e Contador. Foi um privilégio partilhar a minha paixão ao lado de todos aqueles grandes ciclistas", afirmou Zubeldia no dia em que tornou pública a sua decisão de terminar a carreira.

(Fotografia: Kristof Ramon/TrekSegafredo)
Quanto à bicicleta, esta HZ Madone é um modelo único, no qual estão destacadas as grandes voltas em que participou: 16 Voltas a França, 12 Vueltas e um Giro. Só em três ocasiões não chegou ao fim. No Tour foi top dez em cinco edições, a última das quais em 2014. Na Vuelta o melhor resultado foi um 10º lugar em 2000. Nunca ganhou uma etapa.

Inesperadamente Zubeldia participou no Tour deste ano, tendo sido chamado à última hora após ser conhecido o controlo positivo de André Cardoso, que foi suspenso provisoriamente poucos dias antes de começar a corrida.

Sérgio Paulinho foi colega de equipa de Zubeldia durante três anos (na Astana e na RadioShack) e no Twitter escreveu que o espanhol foi uma das melhores pessoas com quem trabalhou.

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