20 de julho de 2017

UAE Team Emirates quer construir super equipa para 2018

(Fotografia: Facebook UAE Team Emirates)
A UAE Team Emirates está a ameaçar tornar-se numa das grandes impulsionadoras do mercado de transferências. Começou a temporada com um dos orçamentos mais baixos do World Tour, mas a chegada dos patrocínios da companhia aérea Emirates e, mais recentemente, do Banco Abu Dhabi, o panorama financeiro mudou drasticamente. Giuseppe Saronni quer mesmo tornar a formação numa das mais poderosas rapidamente. Já se tinha falado na chegada de Elia Viviani, talvez já em Agosto, com o italiano a juntar-se a uma curta lista de ciclistas que quebram contrato a meio da temporada com a actual equipa, neste caso a Sky. Só a 1 de Agosto se saberá se será mesmo assim, mas entretanto surgiram mais dois nomes de ciclistas dos mais apetecíveis do mercado que podem estar a caminho de serem companheiros de Rui Costa (tem contrato até 2018): Fabio Aru e Daniel Martin.

É a aposta clara para as grandes voltas, onde a UAE Team Emirates tem apenas Louis Meintjes, que é falado como reforço da Dimension Data, enquanto Jan Polanc ainda está em fase de crescimento, por assim dizer. Rui Costa passou a ser um ciclista para atacar etapas, pelo que Saronni quer corredores fortes e com capacidade para disputar o Giro, Tour e Vuelta. Aru e Martin estão em final de contrato nas actuais equipas. O primeiro tem uma oferta para renovar com a Astana, mas o italiano quer um aumento de ordenado. Três milhões de euros por ano parece ser o suficiente para convencer Aru a mudar de ares. A acontecer, os dois principais ciclistas italianos ficarão como líderes das estruturas do Médio Oriente, já que Vincenzo Nibali está na Bahrain-Merida.

Com a Quick-Step Floors ainda sem futuro definido, Daniel Martin vai pensando para onde quer direccionar a sua carreira. Está a realizar um bom Tour e apesar de na equipa belga ter-se reencontrado com os bons momentos, já percebeu que dificilmente terá ajuda para os seus objectivos na Volta a França. A prova (se fosse preciso) aconteceu na quarta-feira quando os companheiros ficaram para trás para ajudar Marcel Kittel, que acabaria por abandonar. Martin ficou abandonado à sua sorte. Claro que fica a questão: Aru e Martin vão querer lutar pelo Tour, como será a gestão?

A Quick-Step Floors não ficará muito preocupada em perder o irlandês de 30 anos, já que conta com um Bob Jungels (24) que está a evoluir muito bem como voltista. Já para a Astana será uma dor de cabeça ficar sem Fabio Aru. Não há muitos ciclistas com capacidade para lutar por grandes voltas no mercado. Alexander Vinokourov poderá estar de olho em Warren Barguil, o recém-declarado rei da montanha do Tour e vencedor de duas etapas. O francês ainda tem mais um ano de contrato com a Sunweb, mas com Dumoulin a ser quase certo que irá assumir-se como líder na Volta a França em 2018, Barguil poderá procurar outras paragens quando terminar o vínculo. A Astana também terá oferecido contrato a Nairo Quintana, na esperança que o colombiano quebrasse contrato com a Movistar, mas dificilmente isso acontecerá.

Sobra Rigoberto Uran. Está a fazer o Tour da sua vida e aos 30 anos encontrou a sua melhor forma. A Cannondale-Drapac também está ainda a definir o seu futuro, principalmente para conseguir ter um maior potencial financeiro. Se tal não acontecer, não seria surpresa se o colombiano escolhesse a Astana, que tem capacidade para lhe oferecer um ordenado bem mais interessante do que cerca de um milhão de euros que recebe actualmente.

O 1 de Agosto aproxima-se e o mercado promete voltar a ser animado. Aqui fica uma lista alguns dos ciclistas que estão em final de contrato.

Nairo Quintana vai cumprir contrato

Com notícias a chegarem da Colômbia que Nairo Quintana estaria a ponderar quebrar o vínculo com a Movistar, o ciclista resolveu esclarecer as dúvidas: "Tenho contrato até 2019 e vou cumpri-lo." Uma das razões apontadas para a eventual saída seria um mal-estar entre Quintana e o director da equipa, Eusebio Unzue, depois de uma temporada que ficou muito aquém do esperado.

"Não fizemos as coisas bem. Arriscámos muito e não saiu bem. Para o ano que vem vamos tentar que saia melhor", salientou o colombiano, garantindo que a Volta a França será o principal objectivo em 2018, ou seja, nada de idas ao Giro. E mesmo que Mikel Landa chegue à Movistar, Quintana não sente o lugar de líder ameaçado e considera que o basco será um excelente companheiro.

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