4 de julho de 2017

As novidades do troféu de homenagem a Joaquim Agostinho

Joaquim Agostinho é um nome que há-de continuar a atravessar gerações no ciclismo nacional. Até recentemente eram dele as maiores vitórias portuguesas na modalidade, antes de Rui Costa ser campeão do mundo em 2013, sem esquecer a medalha de prata nos Jogos Olímpicos (2004) de Sérgio Paulinho. Venceu três Voltas a Portugal, foi pódio no Tour e na Vuelta e conquistou o mítico Alpe d'Huez em 1979. Foi o expoente máximo do ciclismo português, numa altura em que este desporto era vivido de forma diferente no país. Construiu a sua lenda na estrada, mas imortalizou-a da pior maneira.

A história de Joaquim Agostinho é bem conhecida, tal como o seu final trágico: o cão que se atravessou à sua frente, provocando uma queda. Bateu com a cabeça, mas terminou a etapa, entraria em coma e morreu dias depois do acidente. A lenda vive, as suas incríveis experiências continuam a ser partilhadas. Não é, nem será esquecido. Joaquim Agostinho será muito provavelmente sempre o sinónimo de ciclismo em Portugal, até porque foi o primeiro a conquistar grandes vitórias. Um legado que aos poucos vai conhecendo alguns potenciais sucessores, mas a mística de Agostinho é inigualável.

Por isso mesmo, a homenagem repete-se por terras que viram Agostinho crescer como homem e ciclista. A partir desta quarta-feira e até domingo, realiza-se a 40ª edição do Grande Prémio Internacional de Torres Vedras, mais conhecido pela segunda parte do nome da corrida: Troféu Joaquim Agostinho. A prova que há mais tempo consecutivo vai para a estrada. Um número redondo que faz aumentar a saudade entre aqueles que o viram correr e também entre aqueles que cresceram a ouvir falar dos seus feitos. E para comemorar haverá umas novidades para aumentar o espectáculo de uma corrida que todos querem ganhar, sendo uma das mais importantes do ano e aquela que serve um pouco de referência para a Volta a Portugal, que começa a 4 de Agosto.

A primeira mudança foi o regresso ao formato de cinco dias, em vez de quatro. Esta quarta-feira, o Turcifal recebe o contra-relógio de oito quilómetros e que começa às 17:00. Quinta-feira serão 140 quilómetros entre Adega Cooperativa da Ventosa e Arruda dos Vinhos. Ao terceiro dia teremos o tradicional Alto de Montejunto, onde termina a etapa de 155 quilómetros e que arrancará de Sobral de Monte Agraço.

A outra novidade chega no sábado. Será uma etapa dividida em dois sectores. O primeiro com 78 quilómetros, entre a Atouguia da Baleia e a chegada a coincidir com mais uma meta de montanha, desta vez de terceira categoria, no Vimeiro. O segundo sector terminará no conhecido circuito de Torres Vedras, com 111 quilómetros exigentes, de muito sobe e desce. O domingo será o dia mais longo, com nova passagem pelo Alto de Montejunto. Serão 162 quilómetros que começam em São Martinho do Porto e a meta será no Parque Eólico de Carvoeira, uma subida de terceira categoria.

Equipas: Sporting-Tavira (Rinaldo Nocentini venceu em 2016), Rádio Popular-Boavista, Louletano-Hospital de Loulé, W52-FC Porto, Miranda-Mortágua, Efapel, LA Aluminios-Metalusa-Blackjack, Jorbi-Team José Maria Nicolau, Sicasal-Constantinos-UDO, Liberty Seguros-Carglass, Moreira Congelados, Burgos BH (Esp), Armeé de Terre (Fra), Caja Rural (Esp), Lokosphinx (Rus), Team Sparebanken (Nor) e  Euskadi Basque Country-Murias (Esp).

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