(Fotografia: © Movistar Team) |
Nelson Oliveira é um deles. O ciclista da Movistar consagrou-se como um homem importante na estrutura da equipa, apesar de nas últimas temporadas o Paris-Roubaix teimar em estragar-lhe parte da época. Este ano deverá ficar afastado da corrida francesa para assim tentar regressar ao Tour, por exemplo. Os tais dois corredores que estão descansados quanto ao futuro são os espanhóis Marc Soler (até 2021) e Carlos Verona (até 2020).
Ciclistas como Imanol Erviti e José Joaquín Rojas fazem parte da espinha dorsal da estrutura de Eusebio Unzué, com Alejandro Valverde à cabeça. Aos 38 anos, a um mês de completar 39, o campeão do mundo não dá mostras de se querer reformar sem pelo menos ir aos Jogos Olímpicos de Tóquio no próximo ano. É o título que lhe falta. Só não fica na Movistar se não quiser. Já os outros dois ciclistas do famoso "tridente", como lhe chamam, estão longe de ter continuidade garantida.
Nairo Quintana conseguiu encontrar uma harmonia em ter de partilhar a liderança com Valverde, principalmente quando o espanhol tirou o Tour dos seus objectivos. Porém, entrou Mikel Landa e o colombiano não faz segredo que prefere ser o único líder. Os últimos dois anos não foram fáceis na Movistar e uma saída já é um assunto a ser falado há alguns meses. O colombiano mantém-se em silêncio, concentrando-se apenas em estar em condições de disputar a Volta a França.
Se sair não será uma surpresa, mas também poderá esperar para perceber a posição de Landa. O espanhol, o antigo amor de Eusebio Unzué que o trouxe finalmente para a equipa há um ano, não deu garantias de renovação. Não tem sido feliz na Movistar, marcado também por quedas e já se percebeu que não tem problemas em saltar de equipa em equipa. Após o fim da Euskaltel-Euskadi, foram dois anos na Astana, outros tantos na Sky e agora vai no segundo da Movistar.
Soler é visto como o próximo líder, assim como Richard Carapaz, o equatoriano a quem não deve faltar interessados, mas a Movistar não deverá querer perder um ciclista com tanto potencial. Já Carlos Betancur (29 anos) ou alcança algo de extraordinário, ou poderá ficar sem mais oportunidades. Winner Anacona (30) e Andrey Amador (32) são mais dois corredores essenciais na estrutura da formação espanhola. Mas será que se sentirão tentados a procurar uma possibilidade de liderança que pouco têm na Movistar?
A equipa que mais se aproxima da espanhola em termos de ciclistas de final de contrato é a super ganhadora de 2019 Astana. Dos nomes destacam-se Jakob Fuglsang, Luís Leon Sánchez, Omar Fraile e Pello Bilbao. Apesar de não serem dos mais novos do pelotão, são todos ciclistas que ficam bem em qualquer equipa. Há ainda Jan Hirt, o checo que muito se mostrou na CCC, mas que ainda não assumiu um maior protagonismo na Astana. Ainda vai a tempo!
Olhando para a lista, percebe-se como se há alguém a querer fazer uma equipa nova do World Tour, então, com um orçamento bem simpático (muito mesmo) poderá ter um plantel sensacional. Só na Deceuninck-QuickStep pode tentar seduzir o homem do momento Julian Alaphilippe, Philippe Gilbert, Elia Viviani e Zdenek Stybar. Há ainda um dos ciclistas que está no topo das preferências para muitos: Enric Mas. Talvez o espanhol seja um que possa mesmo sair, já que a equipa não tem uma estrutura forte para as grandes voltas. Contudo, o director Patrick Levefere prometeu mudar isso se Mas renovar. Quanto aos outros ciclistas é melhor lembrarem-se: quem sai da formação belga tende a ter dificuldades em encontrar o caminho das vitórias...
A Bora-Hansgrohe poderá não segurar o sprinter Sam Bennett, já que o está a excluir das grandes voltas, algo que o irlandês não gosta. E porque não juntá-lo a Sonny Colbrelli da Bahrain-Merida? Claro que desta equipa o destaque vai para Vincenzo Nibali, um alegado desejo da Trek-Segafredo para 2020. Domenico Pozzovivo e Matej Mohoric são mais dois ciclistas em final de contrato.
Em circunstâncias normais, Marcel Kittel seria o corredor mais pretendido. Porém, se os resultados não começarem a aparecer, o futuro do alemão da Katusha-Alpecin apresenta-se como incógnita, até porque é dos mais bem pagos do pelotão. Na equipa de José Azevedo, o outro líder também está nos últimos meses do seu vínculo. Ilnur Zakarin demora em confirmar as expectativas. O Giro poderá ser importante para definir um novo contrato.
Daniel Martin e Alexander Kristoff (UAE Team Emirates), John Degenkolb (Trek-Segafredo), Michael Matthews (Sunweb), Wout Poels (Sky), Johan Esteban Chaves e Matteo Trentin (Mitchelton-Scott), Tiesj Benoot (Lotto Soudal) e George Bennett (Jumbo-Visma) são mais alguns dos muitos ciclistas à espera de um novo contrato. E uma das grandes dúvidas chama-se Mark Cavendish. A Dimension Data não deixou cair o sprinter que deu muita notoriedade à equipa quando esta subiu ao escalão World Tour e renovou o seu contrato por mais um ano. No entanto, o britânico demora em aparecer numa forma que justifique a aposta e o ordenado, muito devido ao problema de saúde (vírus Epstein-Barr).
Quanto aos portugueses, Rui Costa (UAE Team Emirates) volta a entrar na lista já que no final de 2018 só recebeu uma proposta de renovação por uma temporada. José Gonçalves (Katusha-Alpecin) está nos últimos meses dos dois anos de contrato, contudo, dá indicações de cada vez mais ser um homem com quem José Azevedo conta. O companheiro, Ruben Guerreiro, foi contratado por esta equipa para 2019, mas tem estado a bom nível. Amaro Antunes (CCC) fará tudo para agarrar o lugar que ganhou no World Tour. Um bom Giro poderá ser decisivo para uma renovação.
Neste link poderá ver a lista completa dos ciclistas em final de contrato nas 18 equipas do World Tour e também alguns dos principais nomes no escalão Profissional Continental.
»»Dez anos depois de vencer a Milano-Sanremo e de nunca a ter falhado, vai ver o monumento de fora««
»»Adeus Sky. Nova era arranca a 1 de Maio««
»»Dez anos depois de vencer a Milano-Sanremo e de nunca a ter falhado, vai ver o monumento de fora««
»»Adeus Sky. Nova era arranca a 1 de Maio««
Sem comentários:
Enviar um comentário