Há pouco mais de um ano, João Rodrigues era um jovem muito feliz no pódio da Volta ao Algarve, ao vestir a camisola da montanha após a primeira etapa. Estava a competir em casa, pelo que o momento teve um lado ainda mais emocional. Foi apenas um dia, mas foi o primeiro sinal que este era um ciclista que estava a num excelente processo de evolução e que comprovou durante toda a época. Agora foi até ao Alentejo vestir uma camisola amarela como o vencedor de uma corrida: "Se esperava ganhar já uma corrida? Não."
João Rodrigues nem hesitou na resposta, mas também não hesitou em acrescentar: "O que é certo é que tenho vindo a trabalhar muito bem, com a ajuda dos meus colegas, do meu preparador, do meu director desportivo. Neste início de época tinha o objectivo de entrar bem na Volta ao Algarve e consegui um top dez com os melhores do mundo, o que foi bastante motivante." Foi nono na Algarvia e na Clássica da Arrábida foi novamente aposta, com Raúl Alarcón (que esta segunda-feira celebrou 33 anos) sempre próximo. Aliás está a ser assim este início de temporada. Alarcón e Rodrigues numa dupla que na Volta a Portugal demonstrou poder ser de muito respeito e que está a ganhar força em 2019.
Mas estaremos perante uma sucessão nas próximas épocas? "Não sou um sucessor do Alarcón. Isso é quase impossível. Ele é um atleta impressionante. O ciclismo em Portugal é pequeno para ele. Merecia estar numa equipa World Tour, sem dúvida. Ele é impressionante", salientou ao Volta ao Ciclismo. Porém, fica claro como o jovem de 24 anos tem um papel de maior destaque dentro da equipa em 2019 e está a agarrar a oportunidade. Ainda assim, afirmou como não terá maior responsabilidade, nem depois de vencer a Volta ao Alentejo, pois considera que só vestir o equipamento que enverga já traz toda a responsabilidade: "Só por representar esta equipa temos um peso grande. Esta camisola pesa muito."
Desde 2016 na equipa liderada por Nuno Ribeiro depois da estreia como profissional no Tavira em 2013, João Rodrigues recordou a sua evolução na W52-FC Porto: "Para alguns andei um pouco escondido no início de carreira, mas de ano para ano tenho vindo sempre a evoluir. No primeiro ano só trabalhava para a equipa. No segundo comecei discutir camisolas das metas volantes, autarquias, classificações secundárias, o que me motivava. Eu sempre quis ser um atleta ganhador e viram que eu tinha essa capacidade. De ano para ano tenho vindo a evoluir e chegou o meu momento."
E chegou na Volta ao Alentejo, corrida de categoria internacional e das mais importantes em Portugal. Rodrigues podia até não esperar ganhar já a prova, mas não escondeu que pensou que o contra-relógio lhe assentava bem e foi naqueles 8,4 quilómetros de Castelo de Vide que foi buscar por três segundos a camisola amarela que estava com o vencedor de 2018, Luís Mendonça (Rádio Popular-Boavista). E mais, foi mesmo ganhar a etapa, a sua primeira vitória como profissional. Quem diria, já que o esforço individual nunca foi o seu forte, o que o levou a trabalhar intensamente a vertente. Os primeiros sinais de melhoria foram dados em 2018. Em 2019, foi decisivo. "Não esperava de todo que a minha primeira vitória fosse num contra-relógio. É uma disciplina que tinha de melhorar e tenho trabalhado bastante. Para vencer uma corrida por etapas não é só ser bom na montanha ou ser um bom descedor. Tem que se fazer um bom contra-relógio. O trabalho está a dar frutos", referiu.
Apesar de estar a ser um ciclista em destaque, com papel de liderança e inclusivamente ter um Raúl Alarcón, duas vezes vencedor da Volta a Portugal, a ser o seu escudeiro, não há nada - nem a vitória na Alentejana - que faça Rodrigues sentir-se num pedestal. "Nas últimas corridas tenho sido um corredor mais protegido, é verdade. Mas não me sinto superior a nenhum [ciclista] na equipa, nem me sinto um chefe-de-fila. Longe disso! Sou mais um na equipa, para ajudar no que for preciso. Todos temos oportunidades, todos temos muita qualidade. Eu sou só mais um para ajudar a equipa a alcançar os objectivos", afirmou.
O primeiro foi alcançado, com a W52-FC Porto a estrear-se a vencer como formação Profissional Continental. Um pouco de história que ficará com o nome de João Rodrigues gravada e que deixa o algarvio feliz. Mas o pensamento já está no próximo objectivo. "Não vou parar porque quero aproveitar este momento de forma. Vou agora fazer um estágio em altitude para preparar a Volta à Turquia [de 16 a 21 de Abril], uma corrida World Tour. Quem sabe se é a única corrida World Tour que faço na minha carreira e quero aproveitar para estar no melhor nível e testar-me frente aos melhores mais uma vez", realçou.
João Rodrigues quer concentrar-se no presente e na W52-FC Porto, mas apesar da declaração de poder ser "única corrida World Tour" que fará, não significa que não tenha a ambição de ir mais longe no ciclismo mundial. "Eu sonho em ir para uma equipa World Tour, claro! Mas tudo a seu tempo. Agora vou desfrutar desta vitória e trabalhar para ter mais momentos como este."
»»"Não vou mentir, não é que estivesse a ficar desmotivado, mas já eram muitos anos a ter os mesmos objectivos"««
»»"No ciclismo nunca se sabe quando será a última oportunidade"««
João Rodrigues nem hesitou na resposta, mas também não hesitou em acrescentar: "O que é certo é que tenho vindo a trabalhar muito bem, com a ajuda dos meus colegas, do meu preparador, do meu director desportivo. Neste início de época tinha o objectivo de entrar bem na Volta ao Algarve e consegui um top dez com os melhores do mundo, o que foi bastante motivante." Foi nono na Algarvia e na Clássica da Arrábida foi novamente aposta, com Raúl Alarcón (que esta segunda-feira celebrou 33 anos) sempre próximo. Aliás está a ser assim este início de temporada. Alarcón e Rodrigues numa dupla que na Volta a Portugal demonstrou poder ser de muito respeito e que está a ganhar força em 2019.
Mas estaremos perante uma sucessão nas próximas épocas? "Não sou um sucessor do Alarcón. Isso é quase impossível. Ele é um atleta impressionante. O ciclismo em Portugal é pequeno para ele. Merecia estar numa equipa World Tour, sem dúvida. Ele é impressionante", salientou ao Volta ao Ciclismo. Porém, fica claro como o jovem de 24 anos tem um papel de maior destaque dentro da equipa em 2019 e está a agarrar a oportunidade. Ainda assim, afirmou como não terá maior responsabilidade, nem depois de vencer a Volta ao Alentejo, pois considera que só vestir o equipamento que enverga já traz toda a responsabilidade: "Só por representar esta equipa temos um peso grande. Esta camisola pesa muito."
Desde 2016 na equipa liderada por Nuno Ribeiro depois da estreia como profissional no Tavira em 2013, João Rodrigues recordou a sua evolução na W52-FC Porto: "Para alguns andei um pouco escondido no início de carreira, mas de ano para ano tenho vindo sempre a evoluir. No primeiro ano só trabalhava para a equipa. No segundo comecei discutir camisolas das metas volantes, autarquias, classificações secundárias, o que me motivava. Eu sempre quis ser um atleta ganhador e viram que eu tinha essa capacidade. De ano para ano tenho vindo a evoluir e chegou o meu momento."
"Não me sinto superior a nenhum [ciclista] na equipa, nem me sinto um chefe-de-fila. Longe disso! Sou mais um na equipa, para ajudar no que for preciso"
E chegou na Volta ao Alentejo, corrida de categoria internacional e das mais importantes em Portugal. Rodrigues podia até não esperar ganhar já a prova, mas não escondeu que pensou que o contra-relógio lhe assentava bem e foi naqueles 8,4 quilómetros de Castelo de Vide que foi buscar por três segundos a camisola amarela que estava com o vencedor de 2018, Luís Mendonça (Rádio Popular-Boavista). E mais, foi mesmo ganhar a etapa, a sua primeira vitória como profissional. Quem diria, já que o esforço individual nunca foi o seu forte, o que o levou a trabalhar intensamente a vertente. Os primeiros sinais de melhoria foram dados em 2018. Em 2019, foi decisivo. "Não esperava de todo que a minha primeira vitória fosse num contra-relógio. É uma disciplina que tinha de melhorar e tenho trabalhado bastante. Para vencer uma corrida por etapas não é só ser bom na montanha ou ser um bom descedor. Tem que se fazer um bom contra-relógio. O trabalho está a dar frutos", referiu.
Apesar de estar a ser um ciclista em destaque, com papel de liderança e inclusivamente ter um Raúl Alarcón, duas vezes vencedor da Volta a Portugal, a ser o seu escudeiro, não há nada - nem a vitória na Alentejana - que faça Rodrigues sentir-se num pedestal. "Nas últimas corridas tenho sido um corredor mais protegido, é verdade. Mas não me sinto superior a nenhum [ciclista] na equipa, nem me sinto um chefe-de-fila. Longe disso! Sou mais um na equipa, para ajudar no que for preciso. Todos temos oportunidades, todos temos muita qualidade. Eu sou só mais um para ajudar a equipa a alcançar os objectivos", afirmou.
O primeiro foi alcançado, com a W52-FC Porto a estrear-se a vencer como formação Profissional Continental. Um pouco de história que ficará com o nome de João Rodrigues gravada e que deixa o algarvio feliz. Mas o pensamento já está no próximo objectivo. "Não vou parar porque quero aproveitar este momento de forma. Vou agora fazer um estágio em altitude para preparar a Volta à Turquia [de 16 a 21 de Abril], uma corrida World Tour. Quem sabe se é a única corrida World Tour que faço na minha carreira e quero aproveitar para estar no melhor nível e testar-me frente aos melhores mais uma vez", realçou.
João Rodrigues quer concentrar-se no presente e na W52-FC Porto, mas apesar da declaração de poder ser "única corrida World Tour" que fará, não significa que não tenha a ambição de ir mais longe no ciclismo mundial. "Eu sonho em ir para uma equipa World Tour, claro! Mas tudo a seu tempo. Agora vou desfrutar desta vitória e trabalhar para ter mais momentos como este."
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