(Fotografia: © Bettiniphoto/Bahrain-Merida) |
A preparar-se para uma nova fase da sua curta existência, confirma-se que haverá a mudança de nome na Bahrain-Merida. Em 2020 será difícil não nos recordar da Fórmula 1, já que se passará a dizer Bahrain McLaren. A parceria com a marca começou há cerca de um ano e sendo uma de 50-50, como anunciado no início da colaboração, a McLaren vai agora tentar ganhar protagonismo no ciclismo, numa altura em que a equipa do Médio Oriente quer dar um salto de qualidade com nomes como Mikel Landa, Wout Poels e Pello Bilbao, esperando conseguir recuperar um Mark Cavendish que há muito não consegue estar ao seu melhor nível.
Quanto à Merida, foi realçado no comunicado como esta parceria de três anos foi profícua e contribuiu para as bases sólidas de uma equipa que esteve em pódios de grandes voltas, ganhou etapas nestas corridas e também monumentos, a maioria dos principais feitos da autoria de Vincenzo Nibali, que está de partida. Apesar da marca não dar mais o nome à equipa, vai manter-se como fornecedora de bicicletas e uma parceira a nível técnico.
"Este momento assinala uma emocionante nova fase na história da nossa equipa. Estamos muito orgulhosos do que alcançámos enquanto Bahrain-Merida e encantados que possamos agora combinar esta experiência com a nossa parceira McLaren, para inovarmos juntos neste grande desporto. O ciclismo está a tornar-se numa modalidade cada vez mais técnica e, como Bahrain McLaren, vamos estar bem posicionados para competir com os melhores e para trabalhar com os nossos muitos parceiros para desafiarmos o status quo.", afirmou um dos directores da equipa, Milan Erzen.
A McLaren tem colaborado a nível técnico, da performance humana de alto nível e serviços de marketing e comercial. A marca automóvel britânica, uma das equipas históricas da Fórmula 1, quer agora afirmar no ciclismo.
A mudança de nome é apenas uma das várias que se vão ver na agora Bahrain McLaren. Já é conhecida a valiosa contratação de um dos homens por trás do sucesso da Sky/Ineos, Rod Ellingworth, que vai liderar a equipa. Roger Hammond será director de performance, função que desempenhou na Madison Genesis (escalão Continental) e na Dimension Data. A equipa irá ainda reforçar o seu staff nas áreas médicas, de treino, nutrição, mecânica e marketing.
Entre os ciclistas, a grande referência passará a ser Mikel Landa, depois de três anos com Vincenzo Nibali como líder. O italiano vai mudar-se para a Trek-Segafredo. Ellingworth traz com ele da Ineos um Wout Poels tão importante como gregários nas vitórias de Chris Froome na Volta a França (e não só) e o director vai ainda tentar recuperar Mark Cavendish, ciclista que muito ajudou a tornar-se num dos maiores sprinters da história.
Pello Bilbao (Astana), Eros Capecchi (Deceuninck-QuickStep), Marco Haller (Katusha-Alpecin) - ciclista que irá estar ao lado de Cavendish -, Kevin Inkelaar (Groupama-FDJ) e Rafael Valls - que acompanha Landa da Movistar - são os reforços de uma equipa que apostará forte em ciclistas como Dylan Teuns, Sonny Colbrelli, Matej Mohoric, Mark Padun e Iván Cortina.
A Bahrain-Merida é a segunda equipa a anunciar uma mudança de nome para 2020, depois da Dimension Data confirmado que será a Team NTT (ver link em baixo).
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