(Fotografia: © João Fonseca Photographer) |
"Acho que vai ser bastante benéfico para mim. Todos sabem que a W52-FC Porto é a melhor equipa nacional e nem vale a pena estar com rodeios, mas no Feirense tenho mais probabilidade de poder ser sempre o líder. O [director desportivo] Joaquim Andrade deu-me a oportunidade de poder fazer isso e estou muito contente com essa opção. Espero vingar no próximo ano", salientou Rafael Reis ao Volta ao Ciclismo.
O corredor compreende que se olhe para esta escolha como um passo atrás numa carreira que o levou a estar dois anos na equipa que tem dominado o ciclismo nacional (2016 e 2019) e outros tantos numa das de referência em Espanha, a Caja Rural, tendo feito uma Volta a Espanha. "São caminhos... As coisas às vezes não correm como estamos à espera. Acho que é uma situação normal. Não sou o primeiro, nem serei o último a quem isto acontece. As coisas são assim. Há que dar a volta. Ainda só tenho 27 anos", disse, sem qualquer tipo de lamentos. Agora quer viver mais a pensar no presente, pois considera que olhar muito para o que o futuro pode ou não ser, "pode prejudicar um pouco as coisas".
"Quero ir atrás dos meus resultados", realçou, recordando como na primeira passagem pela W52-FC Porto teve oportunidades e foi uma temporada recheada de vitórias. "Agora vamos esperar conseguir fazer o mesmo e aguardar pelos momentos certos para fazer a diferença." Rafael Reis referiu como é altura de "ir com calma" e tentar apostar noutro tipo de terrenos, como a montanha: "Não perdi ambição!"
"Ficar na W52-FC Porto e não fazer a Volta... Agora [a formação] é Continental e a equipa para a Volta está feita. Acho que não fazia sentido ficar"
É um contra-relogista por excelência e em 2018 vestiu a camisola amarela da Volta a Portugal depois de vencer o prólogo, tal como havia acontecido em 2016. Este ano ficou de fora da prova, mas era algo que sabia que iria acontecer, com o ciclista a salientar que ir à China era uma viagem que desejava fazer. "[A Volta ao Lago Qinghai] era de nível mais alto do que a Volta a Portugal, com 13 dias - das maiores a seguir às grandes voltas - e fiquei muito contente com a experiência. Se calhar não vou voltar a fazer esta corrida. Não estou arrependido de ter ido à China", contou. Aliás, o calendário mais internacional que acabou por fazer esta época foi algo que lhe agradou quando assinou por uma W52-FC Porto do escalão Profissional Continental.
No entanto, Rafael Reis recordou como o projecto era suposto ter mais anos, mas só durou um. E com o regresso ao terceiro nível, o número de ciclistas na equipa foi reduzido e o calendário passará novamente mais por Portugal, ainda que com umas visitas ao estrangeiro. "Ficar na W52-FC Porto e não fazer a Volta... Agora é Continental e a equipa para a Volta está feita. Acho que não fazia sentido ficar", afirmou.
É tempo de olhar para 2020 e utilizar a experiência que já tem ao serviço de um Feirense que muito dependerá de Rafael Reis. Só mais três ciclistas - Gonçalo Amado, Fábio Oliveira e o espanhol Óscar Pelegrí - não são sub-23 e Rafael será o veterano da equipa: "Estou mesmo muito motivado por estar no Feirense." A equipa de Joaquim Andrade perdeu patrocinadores e com um orçamento mais pequeno, foi preciso proceder a uma reestruturação, apostando ainda mais em corredores que estão em fase de formação.
Mas antes de terminar a conversa com Rafael Reis, falou-se de Ruben Guerreiro. São amigos e muitas vezes companheiros de treino. Rafael não escondeu o orgulho que sentiu ao ver Guerreiro realizar uma Volta a Espanha de tão alto nível. "Ele perguntou-me como foi quando eu estive lá e eu contei-lhe a minha experiência", recordou, frisando que não duvida que assinar pela EF Education First foi uma excelente escolha do amigo: "Vai tudo correr seguramente bem!"
»»"Espero continuar a ser um ciclista atacante e não perder a minha identidade"««
»»"Em África também temos muitos ciclistas talentosos"««
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