(Fotografia: © Team Bahrain-Merida) |
Aos 35 anos e com uma nova geração a tomar as rédeas do pelotão, Vincenzo Nibali não desiste de conquistar mais umas vitórias nos principais palcos, olhando principalmente para um terceiro Giro. Terminada a etapa na Bahrain-Merida, Nibali assinou por duas temporadas por uma equipa que, desde a chegada da Segafredo como patrocinador, ambicionava contar com o ciclista conhecido como o "Tubarão de Messina". O seu currículo conta com a conquista das três grandes voltas e dois monumentos: venceu a Lombardia por duas vezes e ainda a Milano-Sanremo. Soma mais de meia centena de vitórias ao mais alto nível.
Mesmo com os ciclistas mais novos a ganharem cada vez mais destaque, inclusivamente um italiano, Nibali continua a ser um dos mais populares no seu país e não só. Giulio Ciccone é um dos compatriotas a conquistar protagonismo e será em 2020 um gregário de Nibali, assim como um "aprendiz", pois a Trek-Segafredo aposta muito neste talentoso corredor de 24 anos, vencedor de uma etapa e da camisola da montanha no Giro e que andou de amarelo no Tour.
Vincenzo Nibali prefere começar a sua temporada na Europa, abdicando da longa viagem ao Médio Oriente, onde arrancou o ano de 2019 e que estando na Bahrain-Merida e antes na Astana, era uma paragem quase obrigatória no início das últimas épocas. Além da Algarvia, o italiano tem no seu calendário o Tirreno-Adriatico, Milano-Sanremo, Liège-Bastogne-Liège e a Volta a Itália e Espanha.
Com a mudança para a Trek-Segafredo, Nibali deixa (para já) para trás o objectivo de tentar conquistar uma segunda vitória no Tour, grande volta onde estará Bauke Mollema e o outro líder para as três semanas, Richie Porte. Nibali, Mollema e Ciccone vão estar juntos na Volta a Espanha. Quanto a este último ciclista, apenas foram anunciadas as grandes voltas, não se sabendo onde arrancará a temporada.
Apesar de não ter sido confirmado pela equipa, outro objectivo de Nibali passará por estar nos Jogos Olímpicos. Com menos de uma semana a separar o Tour da corrida olímpica de estrada, alguns ciclistas ponderam não ir à Volta a França para melhor preparar os Jogos. Nibali fez uma boa corrida no Rio de Janeiro em 2016 e parecia estar bem encaminhado para conquistar pelo menos uma medalha, até que sofreu uma queda e abandonou. No entanto, o italiano continua a querer juntar uma conquista olímpica ao seu palmarés, no qual também falta um título mundial, que ainda quer igualmente perseguir.
A época de ambição renovada de Nibali começará então no Algarve e Mollema poderá dar umas dicas ao novo companheiro. Em 2018 foi quarto na geral da Algarvia ganha por Michal Kwiatkowski (Ineos), polaco que bateu o holandês no Alto da Fóia, na segunda etapa. E há que não esquecer que Bauke Mollema, um ciclista habituado a terminar no top dez das grandes voltas, é também dono de um monumento, depois de ter ganho a Lombardia esta temporada.
Dois ciclistas importantes confirmados, a que se podem juntar Rui Costa (UAE Team Emirates), Greg van Avermaet (CCC) e o próprio Kwiatkowski (Ineos). As duas primeiras equipas estão entre as dez do principal escalão já conhecidas para a Algarvia, mas a Ineos ainda não avançou com o seu calendário de início de temporada. Foi o polaco que numa entrevista falou na possibilidade de vir à Volta ao Algarve, contudo, estes três nomes ainda estão por oficializar. Mas com Nibali e Mollema, a lista de inscritos começou bem.
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