(Imagem: © Team Ineos) |
Em nove anos, a Ineos (ex-Sky) venceu oito Voltas a França (além de um Giro e duas Vueltas), enquanto a Mercedes vai numa senda de seis Mundiais de Fórmula 1, sempre com Lewis Hamilton. Curiosamente, em 2020 ambas as equipas vão procurar igualar um recorde. A Ineos procura a quinta vitória no Tour de Chris Froome - número alcançado por Eddy Merkcx, Bernard Hinault, Jacques Anquetil e Miguel Indurain -, enquanto a Mercedes quer ver Hamilton conquistar um sétimo Mundial, recorde que pertence a Michael Schumacher.
"As exigências da tecnologia na Fórmula 1 significam que estamos bem posicionados para apoiar com desafios técnicos avançados em áreas específicas de vela e ciclismo, com particular atenção na aerodinâmica e na capacidade de fabrico de componentes chave", explicou o CEO e director da equipa Mercedes-AMG Petronas Motorsport, Toto Wolff.
Esta parceria estende-se à equipa da Ineos em vela detida por Jim Ratcliffe, o magnata que passou a patrocinar, no ciclismo, a então Sky durante a temporada de 2019. Segundo Wolff, foi Ratcliffe quem lançou o repto para esta união a três. "Esta colaboração é baseada em três princípios fundamentais: uma crença partilhada que nenhum limite deve ser colocado no que é possível quanto à performance humana; o desejo da excelência técnica e cultura vencedora de cada equipa serem partilhados, para que todos os parceiros possam beneficiar; e a crença que o melhor apoio técnico permitirá a grandes atletas criar grandes momentos de competição", lê-se no comunicado divulgado esta quarta-feira.
A Ineos (durante quase uma década como Sky) provocou uma revolução na forma de se preparar e de se competir principalmente em grandes voltas, com um foco durante os primeiros anos quase exclusivo no Tour. A expressão "ganhos marginais" tornou-se sinónimo da forma desta equipa procurar estar sempre à frente das suas mais directas adversárias. A Mercedes tem ano após ano deixado a concorrência com muitas dificuldades em reduzir uma supremacia que poucas vezes tem sido colocada em causa. Será certamente uma parceria a seguir, ainda mais sendo então a segunda entre uma equipa de ciclismo e uma equipa de Fórmula 1.
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