(Fotografia: © João Fonseca Photographer) |
Desde que chegou à formação algarvia em 2017 que Frederico Figueiredo tem sido um dos elementos essenciais da estrutura. Contudo, Tiago Machado, Joni Brandão, Alejandro Marque e inicialmente até Rinaldo Nocentini, foram sendo as apostas, principalmente no que a uma Volta a Portugal, Troféu Joaquim Agostinho ou Grande Prémio Jornal de Notícias, diz respeito. Figueiredo é um gregário de luxo, sempre preparado para assumir mais responsabilidade, como já aconteceu, e sempre mostrando que poderia ser mais do que um plano B nas corridas mais importantes do calendário. Com Figueiredo, o Tavira sempre soube que teria garantia de bons resultados, mesmo que o ciclista estivesse a trabalhar para colegas.
Em 2019, Tiago Machado foi a principal figura, mas Figueiredo continuou a ser o senhor regularidade e na Volta, na montanha, foi o ciclista mais em forma do Sporting-Tavira. Preparava-se para fechar mais um top dez, mas uma queda na penúltima etapa, acabou com a sua corrida. Mesmo com uma fractura no pulso, Figueiredo subiu a Senhora da Graça, mas no dia seguinte foi impossível fazer o contra-relógio final entre Gaia e Porto.
No entanto, mais uma vez ficou-se a desejar mais e melhor para este ciclista. 2020 deverá então trazer finalmente a Figueiredo um estatuto mais forte na equipa, mesmo com Alejandro Marque também a continuar no Tavira. A saída do Sporting é um rombo no orçamento, mas depois de alguma indefinição, parte dos ciclistas de referência da estrutura vão permanecer. É o caso de David Livramento, um autêntico homem da casa e que esteve simplesmente fenomenal na última Volta a Portugal. Na ajuda, em fuga, na ajuda em fuga, Livramento foi um dos ciclistas que muito trabalhou para tentar salvar a Volta a Portugal do Tavira Curiosamente, nem estava convocado, substituindo Rinaldo Nocentini, que ficou doente.
Com Tiago Machado a não ser o líder para disputar a geral como o Sporting-Tavira desejava, mais uma vez o saldo não foi positivo, tal como grande parte da temporada. Apenas duas vitórias. César Martingil venceu a Clássica da Primavera e José Mendes sagrou-se campeão nacional, mas depois esteve apagado na Volta a Portugal e esteve discreto durante quase toda a época. É o primeiro a admitir que teve uma temporada abaixo do esperado. Nocentini, que acabaria por ficar de fora da Volta perto do início da prova, foi um erro de casting para 2019, competindo muito pouco e já não tendo muito mais para dar como ciclista. Aos 42 anos colocou um ponto final na longa carreira.
Aleksandr Grigorev, Valter Pereira e Alvaro Trueba são ciclistas de trabalho que renovaram, ainda que o russo também possa ser aposta em algumas corridas. César Martingil será novamente o sprinter de serviço, enquanto haverá mais um jovem a juntar-se ao trio de sub-23 (Ricardo Martins, Diogo Ribeiro e Rúben Simão) que este ano começou a evoluir na equipa. Marcelo Salvador chega da Sicasal-Constantinos, sendo para já o único reforço conhecido para a próxima época, mas não está afastada a possibilidade de ser contratado pelo menos mais um ciclista. Duas das principais figuras de 2019 estão de saída: Machado vai para a Efapel e José Mendes assinou pela W52-FC Porto.
O director desportivo Vidal Fitas sabe o que é ter de lutar para manter a equipa na estrada e muitas vezes nas adversidades surgem grandes figuras. Frederico Figueiredo, 28 anos, o senhor regularidade e também o senhor de confiança tem o perfil certo para assumir a responsabilidade de liderar o novo Tavira.
O director desportivo Vidal Fitas sabe o que é ter de lutar para manter a equipa na estrada e muitas vezes nas adversidades surgem grandes figuras. Frederico Figueiredo, 28 anos, o senhor regularidade e também o senhor de confiança tem o perfil certo para assumir a responsabilidade de liderar o novo Tavira.
Equipa para 2020: Frederico Figueiredo, David Livramento, Alejandro Marque, Aleskandr Grigorev, Valter Pereira, Alvaro Trueba, César Martingil, Ricardo Martins, Diogo Ribeiro e Rúben Simão, Marcelo Salvador (Sicasal-Constantinos).
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