28 de outubro de 2019

Alberto Contador vai ter a sua marca de bicicletas

(Fotografia: Facebook Alberto Contador)
Vêm aí mais uma fase da vida de Alberto Contador pós-ciclismo profissional. A perspectiva é que seja já no próximo ano que as bicicletas Contador estejam na estrada e irão ser utilizadas pelas formações dos diferentes escalões da sua fundação - com patrocínio da Kometa que dá nome às equipas -, incluindo a estrutura Continental. Esta escolha de material irá levar ao final do relacionamento com a Trek-Segafredo, que até agora tem utilizado a equipa de Contador como base de formação de potenciais ciclistas, com três a terem sido contratados em duas temporadas.

"Queremos crescer sozinhos. Continuar ligados à Trek-Segafredo era incompatível com o nosso projecto", afirmou Ivan Basso, o parceiro de Contador na liderança das equipas que a fundação do antigo ciclista espanhol financia. Em 2018, passou a ter uma estrutura Continental e o objectivo passava por subir mais um escalão em 2020 e até pensar num convite para a Volta a Itália. A Kometa, marca húngara, via com muito bons olhos estar na corrida que vai ter as três primeiras etapas precisamente na Hungria.

Porém, a subida de escalão ficou para já adiada. A ideia passa por consolidar mais o projecto e que terá então bicicletas de Alberto Contador. A novidade foi dada por Ivan Basso à Gazzetta dello Sport e a confirmar-se, o espanhol seguirá o exemplo de outros antigos ciclistas, como Mario Cipollini, Chris Boardman e Eddy Merckx, por exemplo, todos com bicicletas com os seus apelidos.

As novas bicicletas serão mais um passo na nova estratégia que Basso explicou que está a ser delineada, agora que a equipa preferiu adiar a subida a Profissional Continental. "Trabalhámos muito tempo para isso, mas não caímos em tentação", referiu.

Há uns dias, havido sido Fran Contador - irmão do ex-ciclista que também está envolvido na direcção do projecto - que explicou que a subida poderia ter sido uma realidade, contudo, houve factores que levaram a recuar no plano. "Queremos fazer as coisas bem, sem ter de comprometer as equipas de base e com um projecto sólido que tenha uma duração de pelo menos três temporadas. Não temos pressa de subir, mas queremos que, quando o fizermos, seja da melhor maneira", afirmou ao jornal a Marca.

A Kometa tem juniores, sub-23 e a equipa Continental. Os ciclistas espanhóis são, sem surpresa, a principal aposta, mas aos poucos outras nacionalidades vão entrando, principalmente na estrutura Continental. Para 2020 já estão contratados além de dois espanhóis (Alejandro Molina e Sergio Gonzalez), dois húngaros (Marton Dina e Erik Fetter), dois italianos (Giacomo Garavaglia e Alessandro Facellu) e um dinamarquês (Mathias Larsen). O português Daniel Viegas está há três anos na Kometa, mas ainda não há confirmação se vai continuar.

A ligação à Trek-Segafredo, a última equipa que Contador representou, foi benéfica para três ciclistas. Matteo Moschetti é um sprinter italiano de grande potencial e este ano já se estreou numa grande volta (Giro). Juan Pedro López (espanhol com características para as provas por etapas) e Michel Ries (luxemburguês que poderá mostrar-se mais nas clássicas) vão para a equipa do World Tour em 2020. Ries já estagiou na Trek-Segafredo em 2018, tendo sido escolhido continuar a sua formação na Kometa, dando agora o salto definitivo.

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