5 de outubro de 2019

W52-FC Porto não pediu licença para permanecer no segundo escalão

(Fotografia: © João Fonseca Photographer)
As reformas da UCI não estão a convencer as equipas em procurarem o escalão Profissional Continental, que a partir de 2020 se chamará ProTeam. A W52-FC Porto poderá ser uma dessas "vítimas", com a equipa portuguesa a não surgir na lista divulgada este sábado das formações que pediram licença para o primeiro e segundo escalão. Ainda o poderá fazer, mas as novas regras implicam um maior orçamento. Se não houver mais inscrições, o nível ProTeam passará das 24 equipas de 2019 para 17 em 2020.

As equipas que quiserem pertencer ao segundo escalão são obrigadas a ter 20 ciclistas, mais quatro dos que actualmente representam a W52-FC Porto. Além disso, o acesso às principais competições do World Tour também ficará mais difícil, já que o primeiro escalão deverá subir de 18 para 20 equipas, diminuindo o espaço para convites para as ProTeam e não apenas nas grandes voltas. A formação portuguesa poderá assim seguir o já anunciado passo da americana Hagens Berman Axeon, que optou por regressar ao nível Continental. Também a Burgos-BH não surge na lista, depois de duas temporadas como Profissional Continental.

Se a W52-FC Porto optar por regressar a Continental, Portugal voltará a ficar sem equipas num escalão superior, ficando todas novamente no terceiro. Poderá ainda significar uma diminuição no plantel, já que o calendário ficará mais curto.

Pior são as notícias do final da espanhola Euskadi-Murias, da holandesa Roompot-Charles e da italiana Nippo Vini Fantini Faizanè (a Nippo surge para 2020 com a francesa Delko Marseille Provence, que vai contar com José Gonçalves, enquanto a Faizanè reforça o orçamento da Bardiani). Já a Fundação Euskadi (com o nome Fundacion-Orbea) e a norueguesa Uno-X Norwegian Development Team querem subir.

Entretanto, a Cofidis e a Arkéa-Samsic poderão estar a caminho do World Tour, com as equipas a passarem a ser chamadas em 2020 de WorldTeam. O mesmo deverá acontecer com a Israel Cycling Academy que comprou a licença da Katusha-Alpecin, no entanto, terá de respeitar os critérios da UCI, que estão a ser analisados.

Outra das novidades da lista apresentada é a ausência da Vital Concept-B&B Hotels - que segundo o nome que surge para 2020 irá inverter a ordem dos patrocinadores - e da Total Direct Energie. Esta última não deixa de ser uma surpresa. A chegada da Total, já com a época a decorrer, trouxe um reforço no orçamento e um dos objectivos passava pela subida de escalão. Porém, a equipa irá permanecer mais um ano no segundo nível. Sendo assim, se todas as formações cumprirem com os requisitos, nenhuma das equipas que pediu para ser WorldTeam ficará de fora, já que haverão 20 licenças disponíveis para os próximos três anos, outra das mudanças implementadas pela UCI.

Equipas que pediram licença WorldTeam:
  • AG2R La Mondiale
  • Astana
  • Bahrain-Merida
  • Bora-Hansgrohe
  • CCC Team
  • Cofidis
  • Deceuninck-QuickStep
  • EF Education First
  • Groupama-FDJ
  • Lotto soudal
  • Mitchelton-Scott
  • Movistar
  • NTT Pro Cycling Team (actual Dimension Data)
  • Arkéa-Samsic
  • Ineos
  • Jumbo-Visma
  • Katusha-Israel Cycling Academy (está a ser analisada pela UCI)
  • Sunweb
  • Trek-Segafredo
  • UAE Team Emirates
ProTeam:

  • Androni Giocattoli-Sidermec
  • B&B Hotels-Vital Concept
  • Bardiani CSF Faizanè
  • Caja Rural-Seguros RGA
  • Corendon-Circus
  • Fundacion-Orbea
  • Gazprom-Rusvelo
  • Nippo Delko Marseille Provence
  • Rally Cycling
  • Riwal Readynez Cycling Team
  • Sport Vlaanderen-Baloise
  • Novo Nordisk
  • Neri Sottoli Selle Italia KTM
  • Total Direct Energie
  • Uno-X Norwegian Development Team
  • Wallonie Bruxelles
  • Wanty Gobert-Tormans
WorldTeam feminino:

  • Alé BTC Ljubljana
  • Canyon-Sram Racing
  • CCC-Liv
  • FDJ Nouvelle-Aquitaine Futuroscope
  • Mitchelton-Scott
  • Movistar
  • Sunweb
  • Trek-Segafredo

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