27 de outubro de 2019

Chris Froome regressou para competir 3,1 quilómetros

(Fotografia: © ASO/Thomas Maheux)
Não era bem o que o britânico pretendia, mas mais importante do que regressar à competição, está em fazê-lo em boas condições físicas. Chris Froome admitiu que ainda não estava preparado para correr, mesmo que o Critérium de Saitama, no Japão, seja uma prova com um espírito menos competitivo e mais de convivência. Porém, não deixa de ter um ritmo elevado para quem em Junho sofreu uma queda gravíssima, que acabou com a sua temporada e continua a deixar uma enorme incógnita se se vai ver novamente o bom velho Froome.

Mas o ciclista da Ineos não quis viajar até ao Japão só para se divertir nos muitos eventos extra-corrida. Como não podia fazer os 59,5 quilómetros da corrida em linha, fez os 3,1 do contra-relógio por equipas, ao lado de Egan Bernal e Jonathan Castroviejo. Antes da prova, Froome admitiu que ainda não estava nas condições que desejaria para poder fazer o critérium: "É só passeios de turismo de momento, mas sabe tão bem estar na estrada e de volta à bicicleta. Tive muitas saudades nos últimos meses." E acrescentou: "É muito fixe estar de volta à bolha do ciclismo."


E sentir novamente o ambiente da modalidade era um dos objectivos de Froome, depois de tantos meses afastado. "Precisava mesmo disto. Podia apenas focar-me na minha recuperação e é isso que tenho feito nos últimos meses. Mas agora estou feliz por estar integrado outra vez no mundo do ciclismo", salientou. Este regresso teve direito a uma bicicleta nova por parte da Pinarello.


O Critérium de Saitama junta sempre algumas das grandes figuras da temporada, que, por exemplo, surgem vestidas com as camisolas que conquistaram. Bernal vestiu a amarela do Tour, Primoz Roglic a vermelha da Vuelta, Romain Bardet a das bolinhas vermelhas, de rei da montanha da Volta a França. O francês até foi companheiro de Froome num dos "passeios turísticos" de Froome. Juntamente com Michal Kwiatkowski, o trio foi reconhecer parte do percurso dos Jogos Olímpicos de 2020, que se realizam precisamente em Tóquio.

Mesmo sem competir, Froome gerou muito interesse. Primeiro queria perceber-se como estaria o britânico, que na recente apresentação do Tour surgiu ainda a coxear um pouco. Segundo, continua-se a perguntar como vai ser na próxima Volta a França: quem será o líder, Froome ou Bernal?

A resposta surgirá só na próxima temporada. Porém, depois de Froome ter dito que o colombiano tinha garantido que o ajudaria a ganhar o quinto Tour se estivesse bem fisicamente, Bernal já veio dizer que o fará, se o companheiro estiver mais forte do que ele. Bernal admitiu ainda que o Giro até lhe agrada, palavras que terão deixado muito satisfeito Mauro Vegni, director da corrida que confessou que quer ter o colombiano na prova de 2020. O colombiano quer ser o primeiro sul-americano a ganhar as três grandes voltas.

Quanto ao Critérium de Saitama, a vitória ficou para um ciclista da casa. Yukiya Arashiro, da Bahrain-Merida, bateu Bernal (Ineos) e Roglic (Jumbo-Visma).

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