26 de outubro de 2019

Fundação Euskadi reforça-se com ciclistas da Murias, Movistar e com um da Efapel

(Fotografia: Facebook Fundação Euskadi)
Dar continuidade ao projecto de formação, mas ter reforços com experiência no ano em que sobe a Profissional Continental. A Fundação Euskadi deu mais um passo nos seus planos de recuperar a tradição basca de ter uma equipa nas grandes corridas e  de fazer parte de grandes momentos da modalidade. O fim da Euskaltel-Euskadi deixou um vazio na modalidade no País Basco, que a Euskadi-Murias parece não ter preenchido. Não houve espaço para duas equipas bascas no segundo escalão. A hipótese de fusão também foi afastada. A Murias não irá mais para a estrada por falta de patrocinadores, enquanto a Fundação Euskadi vai crescendo e contratou vários dos ciclistas da "rival". Também terá atletas que conhecem o World Tour e um nome conhecido em Portugal.

Antonio Angulo representou a LA Alumínios-Metalusa-BlackJack em 2017 e esta época esteve ao serviço da Efapel. Aos 27 anos terá um novo desafio pela frente, subindo de escalão. Mas há outro reforço que recentemente se mostrou por cá, precisamente ao serviço de uma Euskadi-Murias que muito competiu no nosso país. Mikel Aristi venceu a etapa de Santo António dos Cavaleiros, na última Volta a Portugal. A Fundação Euskadi contratou ainda o vencedor da 11ª etapa na Volta a Espanha, Mikel Iturria. Gari Bravo, Julen Irizar e Mikel Bizkarra fecham o contingente da Murias.

Depois de cinco temporadas no World Tour na Movistar, Rubén Fernández muda de equipa aos 28 anos e será uma forte voz da experiência, principalmente se a formação basca conseguir entrar em corridas mais importantes, espreitando um eventual convite para a Vuelta. Sempre muito preso ao papel de gregário, este vencedor do Tour de l'Avenir em 2013, nunca confirmou as expectativas na Movistar, mas terá agora nova oportunidade para conquistar o seu lugar de destaque.

Juan José Lobato será arma para os sprints, com o espanhol a procurar reatar uma carreira que perdeu fulgor quando saiu da Movistar no final de 2016, onde esteve três anos, após um na Euskaltel-Euskadi. Não se afirmou na Lotto-Jumbo e foi despedido no início de 2018 depois de ter recorrido a medição para dormir sem autorização e conhecimento dos médicos da equipa. Encontrou refúgio na Nippo Vini Fantini Faizanè, mais uma que fecha portas este ano. Na equipa italiana estava o jovem de 22 anos Joan Bou, que realizou algumas prestações bem interessantes em provas por etapas. Uma aposta de futuro para a Fundação Euskadi.

Lobato será o mais velho da equipa, pois fará 31 anos em Dezembro. Bizakarra e Bravo têm 30 e a maioria do plantel tem menos de 25 anos.

Antonio Jesús Soto, Diego López, Dzmytri Zhygunov, Gotzon Martín, Ibai Azurmendi, Jokin Aranburu, Mikel Alonso, Txomin Juaristi, Peio Goikoetxea e Unai Cuadrado, renovaram para 2020. Os dois últimos foram figuras na Volta a Portugal. O primeiro foi líder da montanha e o segundo da juventude, ainda que não tenham conquistado as classificações. Andaram também em algumas fugas. Zhygunov é o único estrangeiro. Este bielorrusso de 23 anos, forte no sprint, tem como padrinho no ciclismo Vasil Kiriyenka, um dos principais homens de trabalho da Ineos e campeão do mundo de contra-relógio em 2015.

Para fechar a equipa que obrigatoriamente tem de ter no mínimo 20 ciclistas para estar no escalão Profissional Continental, a Fundação Euskadi ficou com Iker Ballarín, ciclista que estagiou a partir de Agosto, oriundo da estrutura de sub-23 espanhola Laboral Kutxa.

Mikel Landa tem sido um dos mentores deste projecto da Fundação Euskadi, que trouxe de novo as famosas camisolas laranjas para a estrada e também a atitude de ser uma equipa que tem ciclistas que animam qualquer tipo de corrida, como aliás se pôde assistir na Volta a Portugal. Landa foi uma das actuais figuras do ciclismo espanhol que apareceu na extinta Euskaltel-Euskadi.

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