(Fotografia: © Team Sunweb) |
"Os organizadores e a UCI precisam de se focarem mais nos próximos anos de como fazem os percursos, como se fecham os percursos [as estradas] e de ter o número correcto de pessoas no apoio", afirmou Matt Winston, director desportivo da Sunweb, ao Cycling Weekly. Maas estava na equipa de desenvolvimento e participava na Piccolo Lombardia - versão para os sub-23 do monumento do ciclismo - quando, numa descida, não conseguiu evitar o choque. O veículo terá saído de uma zona privada que não estava fechada. O ciclista ficou com fracturas no pescoço, coluna e rosto.
Winston compreende que é difícil ter as estradas fechadas, mas considera que é, portanto, necessário reavaliar o tipo de percursos que são escolhidos. E deu o exemplo da segurança na China, onde está a decorrer a Volta a Guangxi, a última do calendário World Tour. "É super segura, há pessoas no apoio a cada poucos metros, mas suponho que não é sustentável [fazer o mesmo] na Europa. Precisamos de ter outra forma de educar o público quando há uma corrida de bicicletas. Temos sinalização suficiente para avisar as pessoas que está a decorrer uma corrida?", questionou. O responsável exemplifica que normalmente vê-se alguém nos cruzamentos, mas considera necessário haver mais sinalização e mais pessoas para evitar casos como o que mudou a vida de Maas.
O jovem holandês foi submetido a várias cirurgias devido às diversas lesões. Num comunicado, a equipa explicou que, por agora, continua incerto se o ciclista poderá voltar a andar. Maas foi contratado em 2019 para continuar a sua evolução na estrutura de desenvolvimento da Sunweb. Ciclista de clássicas e também com potencial para o sprint, Maas venceu a E3 Harelbeke em 2017, no escalão de juniores, e obteve outros resultados muito prometedores. É estudante de fisioterapia.
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