20 de outubro de 2019

Um pouco mais de história agora no feminino e Tóquio2020 está a ficar mais perto

(Fotografia: © Bettini/UEC)
Tem sido um bom hábito depois de grandes competições de ciclismo de pista falar de como os gémeos Oliveira alcançam medalhas e outros bons resultados e como influenciaram o crescimento desta vertente em Portugal. Desta feita, após os Europeus de Apeldoorn o bom hábito de falar de feitos históricos mantém-se, mas no feminino. Se na estrada Daniela Reis desbravou caminho e tornou-se uma referência ao ser a primeira portuguesa a chegar ao mais alto nível mundial, na pista Maria Martins alcançou uma medalha que a coloca na história como a primeira portuguesa a fazê-lo em elite. Foi um bronze a saber um pouco a ouro para uma jovem ciclista de ambição sem limites. Em 2019, confirmou muito do seu potencial também na estrada, mas esta foi uma forma perfeita de fechar a temporada. "Alguém me belisque! Terceiro lugar na corrida de elite de scratch. Não vou esquecer isto tão cedo!", escreveu no Twitter.

Na Holanda, Maria Martins não se limitou a ser terceira no scratch, prova ganha pela britânica Emily Nelson e com irlandesa Shannon McCurley a ser segunda (pódio na fotografia). Outro dos grandes objectivos nestes Europeus - que se realizaram entre quarta-feira e domingo - passava por reforçar a qualificação para os Jogos Olímpicos na disciplina do omnium. Com apenas 20 anos, Maria Martins já vai demonstrando grande evolução táctica. Marcou as adversárias certas, especialmente na corrida por pontos e tal permitiu Portugal aproximar-se da Irlanda e da Bélgica no ranking, não sendo ultrapassado por nenhum país. Maria Martins foi muito forte na segunda metade do concurso do omnium. Foi oitava em scratch e 14.ª na corrida tempo. Em eliminação caiu duas vezes e ainda assim foi quinta classificada. Na corrida por pontos somou 23 pontos, terminando com 95 no geral. A vencedora, a holandesa Kirsten Wild, terminou com 116 pontos.

Martingil foi oitavo na sua corrida por pontos e Iúri Leitão não terminou no scratch e foi 16º na perseguição individual. A participação do jovem corredor nesta prova foi para garantir a presença portuguesa nos Mundiais, pois se não houvesse um representante nos Europeus, a selecção era excluída nesta disciplina no Campeonato do Mundo. Ivo Oliveira é o grande especialista (vice-campeão mundial e europeu em 2018), mas depois de grande parte do ano a recuperar de uma grave queda - regressou há pouco tempo à competição -, o gaiense ficou de fora das opções do seleccionador Gabriel Mendes e está na China, no Tour de Guangxi, a competir pela sua equipa, UAE Team Emirates, a tentar apurar a forma já a pensar em 2020.


O irmão esteve presente na Holanda e foi quinto na corrida de eliminação. Mas, tal como Maria Martins, Rui Oliveira sabia da importância de estar bem no omnium e no seu caso também no madison. Na primeira disciplina olímpica foi nono, com 84 pontos. Começou com um 11º lugar em scratch, depois um 14º na corrida tempo, sexto na eliminação e na corrida por pontos, entrou numa das movimentações certeiras, que lhe permitiu ganhar uma volta ao grupo principal. O campeão europeu do omnium foi o francês Benjamin Thomas, 173 pontos.

Bom resultado a pensar em Tóquio2020, tal como no madison, objectivo que continua bem vivo depois no 11º lugar. Rui formou dupla com Iúri Leitão e o ponto alcançado num dos sprints foi extremamente valioso. Portugal recuperou 40 pontos à Bielorrússia, que está no lugar à frente do ranking. Aumentou ainda a diferença para os países europeus que perseguem Portugal na qualificação para os Jogos, ganhando 60 pontos à Irlanda e 80 à Rússia.

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