(Fotografia: © Bahrain-Merida) |
Eros Capecchi (33 anos, Deceuninck-QuickStep), Scott Davies (24, Dimension Data), Marco Haller (28, Katusha-Alpecin) e o Kevin Inkelaar (22, Groupama-FDJ Continental) foram anunciados juntamente com Bilbao (29, Astana) e Valls (32, Movistar). O jovem holandês Inkelaar é o único que não tem experiência World Tour, pois o britânico Davies tem dois anos de Dimension Data e este ano fez o Giro, a sua primeira grande volta. Antes de "dar o salto" passou pela Team Wiggins. Com a excepção de Haller, todos são ciclistas com características para provas por etapas.
"A equipa vai concentrar-se nas três semanas. Há corredores com experiência em idade e vamos dar o máximo rendimento. O projecto tem boa pinta", afirmou Bilbao à Rádio Marca, admitindo que o acordo há muito que estava fechado e que não foi difícil decidir ao saber que Landa iria para a Bahrain-Merida, deixando a Movistar, tal como Valls. A estes nomes junta-se Wout Poels, homem de confiança na Ineos (ex-Sky) e que Ellingworth conhece bem. Aos 32 anos, o holandês sabia que dificilmente iria liderar a equipa numa grande volta, ainda que tenha tido essa hipótese na última Vuelta, que correu muito mal à Ineos. Poels tanto poderá estar ao lado de Landa, como poderá ter algum protagonismo na Volta a Itália ou Espanha.
Quanto ao austríaco Marco Haller poderá ser a preparação de um comboio para Mark Cavendish. O britânico tem sido dado como provável reforço da Bahrain-Merida, mas ainda nada foi oficializado. Mas a equipa mantém Sonny Colbrelli no plantel, pelo que Haller poderá sempre ser importante na ajuda ao italiano tanto nos sprints, mas também nas clássicas, duas vertentes em que o jovem espanhol Iván Cortina (23 anos) vai começando a confirmar alguns créditos.
Matej Mohoric (24), Mark Padun (23), Hermann Pernsteiner (29) e, claro, Dylan Teuns (27) serão ciclistas que Ellingworth quererá tirar maior rendimento, com o belga a ganhar muito crédito depois de se destacar no Tour e na Vuelta deste ano. Na primeira corrida venceu uma etapa, na segunda vestiu a camisola vermelha da liderança. O director também queria contar com Rohan Dennis, mas a equipa decidiu terminar o contrato depois de uma relação difícil e que culminou com o abandono aparentemente sem explicação do ciclista no Tour.
Para trás fica a ligação entre o xeque Nasser bin Hamad Al Khalifa, dono da equipa, e Vincenzo Nibali, que em 2017 assumiu a liderança da equipa, tendo escolhido ciclistas da sua confiança. Venceu dois monumentos, venceu etapas em grandes voltas e o pódio no Giro e Vuelta, além de outros momentos de destaque. Faltou um sucesso no Tour para Nibali.
O caminho agora é outro para ambos. Nibali vai para a Trek-Segafredo e o desejo na Bahrain-Merida é atingir o nível de uma Ineos e nada melhor do que contratar um dos homens que muito contribuiu para tornar a formação britânica no que é hoje. Ellingworth é desde logo uma das grandes contratações da Bahrain-Merida e sem esquecer que a estrutura neste último ano tem contado com o apoio da McLaren na colaboração técnica, performance humana de alto nível e serviços de marketing e comercial.
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