(Fotografia: © EF Education First) |
Filho de medalhados olímpicos, Phinney também começou a somar vitórias logo como júnior na pista e não demorou muito a ser considerado um dos grandes talentos nos Estados Unidos. Na estrada fez parte da sua formação na então Trek-Livestrong presented by Radioshack, a actual Hagens Berman Axeon. É um dos muitos que a equipa de sub-23 preparou e muito bem para entrar no World Tour. No seu segundo ano (2010) nesta formação acabou a estagiar na Radioshack, do principal escalão, mas foi a BMC que o agarrou em 2011. Era muito pretendido depois de vencer o Paris-Roubaix de sub-23, uma etapa no Tour de l'Avenir, duas na Volta ao Utah... 2010 foi um ano incrível.
Na primeira época no World Tour não demorou a confirmar credenciais. Venceu uma tirada no Eneco Tour e estreou-se pouco depois em grandes voltas, em Espanha. Ia-se afirmando como contra-relogista de nível e nos Jogos Olímpicos de Londres (2012) foi quarto - tal como na prova de fundo - e nos Mundiais só foi batido por Tony Martin por seis segundos. E tudo isto aconteceu depois de ter ganho o prólogo no Giro, o que lhe permitiu andar de maglia rosa durante três dias. Era um início de carreira fenomenal. Muito se falava de Phinney e de como poderia evoluir.
2014 começou com a conquista da Volta ao Dubai, mas acabaria por ser o ano maldito. Naquele 26 de Maio, Phinney tentou evitar uma moto, caiu, deslizou até embater num rail e o resultado foi uma lesão terrível. Phinney ficou com uma fractura exposta da tíbia e perónio, fracturou ainda a rótula e rompeu um dos tendões na perna esquerda. Os médicos duvidaram que o americano, então a cerca de um mês de cumprir 24 anos, regressasse ao ciclismo.
Taylor Phinney pode não ter conseguido ser o corredor em que se estava a transformar, mas tornou-se num exemplo de perseverança. O americano teve de reaprender a andar de bicicleta e a 3 de Agosto de 2015 estava a competir no Utah e um dias depois venceu a primeira etapa do USA Pro Challenge. A BMC levou-o aos Mundiais para conquistar a medalha de ouro no contra-relógio colectivo. De quando em vez via-se um pouco daquele Phinney antes da queda, mas aos poucos, com o passar das corrida, ia ficando claro que o ciclista dificilmente seria o mesmo.
Em 2017 mudou-se para a Cannondale-Drapac, actual EF Education First, e conseguiu cumprir o desejo de estar na Volta a França, que terminou, tal como em 2018. No ano passado, Phinney surgiu de confiança renovada, apostado em mostrar-se nas clássicas. Queria provar que poderia viver um segundo fôlego na carreira e foi oitavo no Paris-Roubaix.
Porém, esta época de 2019 foi marcada por lesões e na hora do adeus, Phinney destacou esse facto. "Senti que o meu corpo fez esta escolha por mim", desabafou. Afirmou ainda como agora está bem ao saber que não vai mais exigir do seu corpo o necessário para estar no World Tour. Foram nove anos ao mais alto nível, contra todas as expectativas após a queda nos nacionais de Chattanooga.
"Acho que há muito poder em reconhecer que já não se tem a paixão genuína pelo que se está a fazer. [...] Sinto que tenho estado a preparar-me para isto há algum tempo, a cultivar a capacidade de expressar a minha opinião honesta e dizer: 'Penso que não quero fazer mais isto.'"
A música, corridas de enduro, a sua fundação farão parte do seu futuro. Phinney sente que aos 29 anos é um afortunado por ter sido ciclista profissional: "Agora tenho regressado aos desportos freestyle extremos com a minha bicicleta de montanha e... sinto-me como se tivesse 15 anos outra vez!"
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