(Fotografia: Facebook CCC Team) |
2019 trouxe cinco vitórias, mas apenas uma no World Tour para Greg van Avermaet. Apesar de ter até ter começado a temporada com resultados promissores, quando chegou a dois dos principais objectivos, Volta a Flandres e Paris-Roubaix, o belga não conseguiu estar na discussão dos monumentos. E como ganhar na Flandres é nesta fase da carreira do belga de 34 anos o mais importante - já ganhou em Roubaix -, a sua preparação vai ser feita a pensar em atingir um pico de forma nas duas corridas de Abril, mas principalmente na Flandres.
"Queremos evitar que o Greg atinja a forma demasiado rápido, para que possa chegar ao pico nas clássicas. Em anos recentes, o Greg esteve muito bem nas corridas no início de Fevereiro, mas estas são provas de preparação. Em 2019 esteve muito bem nas clássicas, entre a Omloop Het Nieuwsblad e a E3 Harelbeke, mas depois baixo bastante [de forma]", explicou o Valerio Piva ao Het Nieuwsblad.
Isto significa duas coisas: o ciclista fará uma pausa de seis semanas em vez das habituais quatro neste final de 2019 e haverá uma mudança de calendário para 2020. Segundo o director desportivo da CCC, Avermaet até deverá arrancar a temporada novamente na Volta à Comunidade Valenciana, mas em vez de seguir para a Volta a Omã, o belga preferirá viajar até ao Algarve, antes de atacar as clássicas, com a Omloop Het Nieuwsblad a realizar-se em 2020 na semana seguinte ao final da Algarvia (19 a 23 de Fevereiro).
A Volta a Flandres realiza-se a 5 de Abril e Avermaet sabe que as oportunidades para conquistar este monumento estão a diminuir. Com a mudança da BMC para CCC, o belga permaneceu na estrutura, ganhando o estatuto de líder em toda a linha. Ou seja, a equipa iria apostar forte nele e nas clássicas e não tanto nas gerais das grandes voltas.
O belga até começou com uma vitória de etapa na Volta à Comunidade Valenciana, fez pódios, top dez, mas foi ficando claro como nesta CCC faltavam elementos mais fortes na ajuda a Avermaet nos momentos decisivos e na Volta a Frandres e Paris-Roubaix, o ciclista também não conseguiu esconder que não estava no seu melhor. Desde aquele fenomenal 2017, com quatro vitórias em clássicas do pavé, incluindo o Paris-Roubaix, Avermaet nunca mais triunfou numa corrida deste género, conseguindo quebrar o jejum em corridas de um dia em Montreál, em Setembro.
Para o segundo ano ao mais alto nível, a CCC começou a fortalecer a equipa em todos os sectores e contratou Ilnur Zakarin (Katusha-Alpecin) para as provas por etapas, tal como Fausto Masnada (Androni Giocattoli-Sidermec) e Jan Hirt (Astana), este último um regresso à formação que representou quando a CCC ainda era Profissional Continental.
Já para as clássicas, o reforço chama-se Matteo Trentin (Mitchelton-Scott). O italiano quer formar com Averamaet uma dupla temível nas clássicas, mas é uma ideia pouco convincente, a não ser que o belga mude muito a sua postura. Nunca foi de partilhar estrelato, nem quando tinha um senhor Philippe Gilbert como companheiro na BMC.
Agora é esperar para saber se o calendário do campeão olímpico de 2016 - Tóquio2020 é outro dos momentos em que Avermaet quer aparecer forte na época - vai oficialmente incluir a Volta ao Algarve.
Apenas como curiosidade, Peter Sagan também não tem no seu programa de início de temporada nenhuma das corridas no Médio Oriente. Para já, sabe-se que vai começar o ano no final de Janeiro na Volta a San Juan, na Argentina - costuma ir à Austrália, mas, por agora, o Tour Down Under não surge nos seus planos -, passando depois para a Omloop Het Nieuwsblad, a 29 de Fevereiro. A Bora-Hansgrohe é uma das sete equipas confirmadas para a Algarvia.
Juntar Sagan e Avermaet na Volta ao Algarve seria de sonho!
»»Volta ao Algarve será decidida no contra-relógio««
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