18 de novembro de 2018

O ano zero numa nova era de um patrocinador histórico

O nome LA Alumínios há muito que tem ligação ao ciclismo português. Porém, em 2018 houve um recomeço, com o patrocinador a apostar na juventude. Foi uma das três equipas Continentais sub-25 que integrou o pelotão nacional, com Hernâni Brôco ao leme. Um ano zero, por assim dizer. Não houve vitórias, mas numa temporada de aprendizagem, houve ciclistas que aproveitaram a oportunidade para se mostrarem. Fábio Mansilhas, David Ribeiro e Gonçalo Leaça, por exemplo, procuraram os seus momentos de destaque, ainda que não restem dúvidas que esta seja uma equipa em construção e há procura de se consolidar nas próximas temporadas.

Com Nuno Almeida a ser o mais velho (27 anos, feitos em Outubro) e o mais experiente, com a maioria do plantel a primar pela inexperiência, os objectivos da LA Alumínios eram claros: desenvolver os jovens ciclistas, limar arestas do novo projecto a pensar no futuro próximo e tentar sempre lutar por um bom resultado, mesmo que tudo e todos parecessem estar contra eles.

A chegada das três equipas Continentais sub-25 - LA Alumínios, Miranda-Mortágua e Liberty Seguros-Carglass - não foi recebida de braços abertos por todos os intervenientes da modalidade. Teriam os jovens ciclistas capacidade para estar nas corridas internacionais, principalmente numa Volta ao Algarve e a Portugal? Não foi uma experiência fácil para ninguém.

No caso da LA Alumínios, o ex-ciclista Hernâni Brôco - um jovem director desportivo (37 anos), que depois de um ano na estrutura sub-23 da Sicasal-Constantinos-Delta Cafés, estreou-se ao nível Continental na sua nova função - não escondeu o orgulho pelos seus corredores na Volta a Portugal, por exemplo Estiveram activos em fugas e só um abandonou. Paulo Silva saiu de prova na penúltima etapa e o director desportivo considerou que com um pouco mais de experiência, o ciclista teria ultrapassado as dificuldades e terminado a corrida.


Ranking: 10º (14 pontos)
Prémios: David Ribeiro venceu a classificação da montanha na Clássica da Primavera

E é isso que o Brôco e os restantes responsáveis pela estrutura querem dar aos seus corredores: experiência, para que a equipa possa tornar-se num patamar importante na formação de jovens talentos em Portugal, sendo outra opção, profissional, além dos essenciais conjuntos de sub-23.

A LA Alumínios fez o possível em 2018, com as armas que tinha. Agora quer mais. Nos primeiros passos do que é um novo projecto, apesar de ter um patrocinador bem antigo, 2018 serviu para lançar as bases, pelo que será preciso esperar mais duas ou três temporadas para se perceber se este conceito de sub-25 no nível Continental é de facto uma boa aposta e como esta estrutura irá crescer.

Para já, a LA Alumínios tem tudo preparado para 2019, com muitas caras novas. Há uma renovação do plantel, com apenas três corredores a transitarem da época de 2018: David Ribeiro, Gonçalo Leaça e Fábio Oliveira. Nuno Almeida não renovou e, sem contrato, optou por terminar a carreira, apesar de ter apenas 27 anos.

António Barbio será um dos rostos mais conhecidos, sendo um ciclista que venceu uma etapa na Volta a Portugal em 2016 pela Efapel e que este ano representou o Miranda-Mortágua, com um triunfo no Memorial Bruno Neves. Mas Hernâni Brôco foi buscar ciclistas bem interessantes. André Crispim fez a sua evolução na Liberty Seguros-Carglass e poderá ter agora mais liberdade para mostrar o seu potencial. Já André Ramalho tem sido presença na selecção nacional e dá o salto depois de mostrar bom nível na Jorbi-Team José Maria Nicolau. Boa opção para a montanha e é uma oportunidade que não surpreende que tenha recebido.

Marvin Scheulen (Sicasal-Constantinos-Delta Cafés) é um sub-23 que vai chamando a atenção e tem tudo para ser uma aposta forte de Brôco. Do FGP-Cube-Bombarral chegam Emanuel Duarte e Leonel Firmino e o júnior Rodrigo Caixas (Bairrada) dá um passo importante agora que irá subir de escalão.

Veja aqui todos os resultados das equipas nacionais.

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