21 de novembro de 2018

Volta ao Algarve mantém percurso de sucesso

O percurso da Volta ao Algarve mantém-se fiel ao que transformou esta corrida numa das preferidas de várias equipas de topo mundial. O Malhão voltará a ser o palco das decisões, com o duro contra-relógio de Lagoa a começar a testar os especialistas no arranque de temporada. Fóia é chegada obrigatória, com os sprinters a terem à sua espera duas chegadas bem conhecidas, onde já se assistiu a vitórias de alguns dos melhores.

Duas etapas para sprinters, duas de montanha e um contra-relógio, permite ter uma corrida equilibrada que atrai vários tipos de ciclistas que em Fevereiro estão a preparar os seus principais objectivos. Depois há a meteorologia. O Algarve tem oferecido condições amenas, comparativamente com países europeus que "sofrem" Invernos bem rigorosos. Não há ciclista que não aprecie esse factor e, claro, o equilíbrio do percurso. Não surpreende portanto que se mantenha uma receita de sucesso, que traz ao sul de Portugal um pelotão de luxo, mesmo que nas mesmas datas se realize a Ruta del Sol, na Andaluzia.

Como era conhecido, a grande novidade acaba mesmo por ser a partida em Portimão, com Albufeira a manter-se no percurso, mas passa para a quarta etapa. Apesar de ser um local que recebe o pelotão há vários anos, desde 2012 que não era uma das cidades de partida ou chegada. A última vez foi o palco do contra-relógio final. Bradley Wiggins ganhou a etapa, mas foi o colega da Sky, Richie Porte, quem conquistou essa edição.

E para começar em grande a 45ª, nada como a etapa mais longa. Serão 199,1 quilómetros entre Portimão e Lagos, que recentemente teve duas das grandes referências do sprint a vencer: Fernando Gaviria e Dylan Groenewegen.

No segundo dia o pelotão partirá do Baixo Alentejo, com Almodôvar a ser mais uma vez a escolha para uma etapa que será dura. O Alto da Fóia, concelho de Monchique, fará a primeira selecção daqueles que querem discutir a geral. Serão 3600 metros de acumulado, nos 187,4 quilómetros, com os últimos oito na subida até à Fóia, com uma pendente média de 6,3%.

O contra-relógio será igual ao de 2017. Em Lagoa, os 20,3 quilómetros tem fases técnicas e de subida. Geraint Thomas venceu este ano. Do top dez, nove são dos maiores especialistas: Victor Campanaerts (vice-campeão europeu), Stefan Küng, Michal Kwiatkowski, Nélson Oliveira, Tony Martin (quatro vezes campeão do mundo), Tejay van Garderen, Bob Jungels e Vasil Kiryenka (campeão do mundo em 2015).

Sábado será novamente dia para os sprinters se mostrarem, em mais uma etapa longa. Serão 198,3 quilómetros entre Albufeira e Tavira, num sprint que Dylan Groenewegen conquistou em Fevereiro, sucedendo a vencedores como André Greipel e Marcel Kittel.

Quem não cedeu na Fóia e pelo menos defendeu-se no contra-relógio, poderá estar na decisão no Alto do Malhão. São apenas 2,5 quilómetros, mas com uma pendente de 9,9%. Amaro Antunes viveu um grande momento em 2017 quando lá venceu, com Ruben Guerreiro a quase seguir o exemplo este ano, mas Michal Kwiatkowski aguentou a vantagem, ganhando a etapa e a geral. Este último dia terá início em Faro (173,5 quilómetros).

Entre 20 a 24 de Fevereiro realiza-se então a corrida com a categoria mais importante em Portugal: 2.HC (apenas abaixo das provas World Tour). Quais são as equipas? Este ano a Algarvia teve um recorde de 13 das 18 equipas do principal escalão e as primeiras novidades não deverão demorar muito a ser conhecidas.

Michal Kwiatkowski, Geraint Thomas, Primoz Roglic Tony Martin, Richie Porte e Alberto Contador foram os vencedores mais recentes da Algarvia, que conta com uma lista de luxo de vencedores. O último português no pódio foi Tiago Machado, em 2015 (terceiro), com João Cabreira a ser o último a conquistar a vitória na geral, em 2006.

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