(Fotografia: © Podium/Paulo Maria) |
Jorge Piedade não escondeu que queria ganhar a Grandíssima, mas com a W52-FC Porto a continuar a estar um ou mais patamares acima da restante concorrência, a equipa algarvia tentou discutir o que era possível. Pode não ter conquistado o prémio máximo, mas saiu da Volta com um resultado excelente, confirmando o seu crescimento em competitividade em recentes temporadas.
Há muita tendência para julgar as épocas das equipas portuguesas pelo que fazem na Volta, já que também há a tendência a apostar quase tudo nesta corrida. No entanto, o director Jorge Piedade preparou a sua equipa para conquistar mais vitórias. Se Vicente García de Mateos continua e continuará a ser o líder, Luís Mendonça ganhou mais destaque e mais oportunidades, com o espanhol a ser "guardado" para Agosto, para a Volta.
Mendonça pode ter chegado tarde ao ciclismo profissional, mas tem sido um trabalhador incansável, que além dos sprints quer também discutir resultados na montanha, seguindo as mudanças que De Mateos também realizou nos últimos dois anos.. A sua evolução, dedicação e vontade de vencer foram preponderantes na grande vitória na Volta ao Alentejo, onde um português não ganhava desde 2006 (Sérgio Ribeiro).
Um momento marcante da temporada, só ultrapassado por uma Volta a Portugal de grande nível. Antes, um susto. Devido a alegadas irregularidades no passaporte biológico de Vicente García de Mateos, o espanhol foi suspenso, mas o Tribunal Arbitral de Desporto deu luz verde para competir, enquanto decorria o seu processo. O espanhol, que em 2017 já tinha estado muito bem na Volta, repetiu o terceiro lugar na geral, a vitória na classificação por pontos, mas em vez de uma etapa, ganhou três! A sua época foi toda a preparada a pensar na Volta e De Mateos não falhou, mesmo que não tenha conseguido disputar a vitória na geral. É o que lhe fica a faltar. A ele e à equipa.
Mendonça pode ter chegado tarde ao ciclismo profissional, mas tem sido um trabalhador incansável, que além dos sprints quer também discutir resultados na montanha, seguindo as mudanças que De Mateos também realizou nos últimos dois anos.. A sua evolução, dedicação e vontade de vencer foram preponderantes na grande vitória na Volta ao Alentejo, onde um português não ganhava desde 2006 (Sérgio Ribeiro).
Um momento marcante da temporada, só ultrapassado por uma Volta a Portugal de grande nível. Antes, um susto. Devido a alegadas irregularidades no passaporte biológico de Vicente García de Mateos, o espanhol foi suspenso, mas o Tribunal Arbitral de Desporto deu luz verde para competir, enquanto decorria o seu processo. O espanhol, que em 2017 já tinha estado muito bem na Volta, repetiu o terceiro lugar na geral, a vitória na classificação por pontos, mas em vez de uma etapa, ganhou três! A sua época foi toda a preparada a pensar na Volta e De Mateos não falhou, mesmo que não tenha conseguido disputar a vitória na geral. É o que lhe fica a faltar. A ele e à equipa.
Ranking: 3º (2332 pontos)
Vitórias: 9 (incluindo a Volta ao Alentejo e três etapas da Volta a Portugal)
Ciclista com mais triunfos: Vicente García de Mateos (3)
Contudo, há ainda que falar noutro ciclista muito relevante e uma das melhores contratações em 2018. Luís Fernandes trocou uma equipa algarvia por outra - estava no Sporting-Tavira - e tornou-se num braço direito essencial para os seus líderes. Deu mais força ao bloco em redor de De Mateos, tendo um papel preponderante em vários dos bons resultados que a equipa alcançou esta temporada, tendo alguma liberdade em certas corridas. A fechar a época conquistou a sua vitória, no Circuito Póvoa da Galega.
Márcio Barbosa regressou a uma equipa profissional, depois da suspensão e de uma passagem pelo ACDC Trofa. Foi subindo de forma ao longo do ano, venceu o Grande Prémio de Mortágua, mas, pelo que fez no passado, é um ciclista que poderá dar mais à equipa, pois não é por acaso que é considerado um dos melhores trepadores portugueses. Vai continuar a merecer a confiança em 2019.
Óscar Hernández (ganhou o Troféu Liberty Seguros - em 2017 foi De Mateos o vencedor - e uma etapa no Troféu Joaquim Agostinho) e Rui Rodrigues (Circuito da Moita) deram as outras vitórias à equipa de Loulé, num total de nove. Este último não permanecerá na estrutura em 2019 - vai para a Vito-Feirense-BlackJack -, mas é a saída de Luís Mendonça que acaba por marcar este final de ano. Não havendo um substituto claro, Leonel Coutinho passará a ser uma das opções para o sprint, sendo um ciclista que devido a lesão perdeu parte da temporada e que espera recolocar a sua carreira num bom rumo na formação algarvia. Da equipa do Feirense chega também Ricardo Vale.
Nuno Meireles é um todo o terreno, que transmite confiança no trabalho que realiza e deixa o Miranda-Mortágua após um ano na equipa. De Espanha virá outro sprinter: Francisco Garcia Rus, de 26 anos, que representou o GSport-Valencia Sports-Wolfbike.
Vicente García de Mateos, Luís Fernandes, Óscar Hernández, Márcio Barbosa, André Evangelista, David de la Fuente e Juan Ignacio (Nacho) Perez são ciclistas os que vão continuar a representar a equipa que se passará a chamar Ludofoods-Louletano-Aviludo.
A manutenção de Vicente García de Mateos é com o claro objectivo de continuar na perseguição do sonho de vencer a Volta a Portugal. Tal como está a acontecer com a Efapel, por exemplo, construir um bloco forte em redor do líder é essencial, se se quer estar mesmo na luta pelo primeiro lugar e não apenas pelo pódio, o que significa debater-se contra o poderio colectivo da W52-FC Porto. Cada época tem sido melhor para o Louletano. Falta o prémio máximo: a camisola amarela da Volta a Portugal.
Veja aqui todos os resultados da Aviludo-Louletano-Uli em 2018 e das restantes equipas nacionais.
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»»Volta a Portugal desiludiu mas a Efapel teve razões para sorrir««
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