Philippe Gilbert venceu a Volta a Flandres em 2017. Este ano é novamente candidato, tal como quase todos os seus companheiros de equipa |
Esperam-se 264,7 quilómetros muito intensos entre Antuérpia e Oudenaarde. E fica já a boa notícia: o Eurosport vai transmitir toda a corrida, devendo começar às 9:15 (hora portuguesa, mais uma na Bélgica), com a prova a arrancar meia hora depois.
O circuito final que inclui duas passagens no Kwaremont e Paterberg é um momento muito esperado, mas é difícil, mesmo impossível, prever como estará a corrida quando aí se chegar, pois nessa altura já se estará a cerca de 50 quilómetros da meta. Há um ano foi quando faltavam cem que as movimentações começaram a revelar-se decisivas para Philippe Gilbert. Aos 121 quilómetros haverá uma primeira passagem no Kwaremont antes das duas da fase final. Esta subida tem 2,2 quilómetros, pendente máxima de 11,6%, mas média de 4% e tem uma parte em alcatrão e outra em pavé.
O circuito final que inclui duas passagens no Kwaremont e Paterberg é um momento muito esperado, mas é difícil, mesmo impossível, prever como estará a corrida quando aí se chegar, pois nessa altura já se estará a cerca de 50 quilómetros da meta. Há um ano foi quando faltavam cem que as movimentações começaram a revelar-se decisivas para Philippe Gilbert. Aos 121 quilómetros haverá uma primeira passagem no Kwaremont antes das duas da fase final. Esta subida tem 2,2 quilómetros, pendente máxima de 11,6%, mas média de 4% e tem uma parte em alcatrão e outra em pavé.
O Kapelmuur esteve ausente do percurso durante cinco anos, mas regressou em 2017 e volta a ser incluindo na edição deste domingo. Vai surgir a 95 quilómetros da meta e aqueles 750 metros, que chegam a ter 20% de inclinação, costumam ajudar a seleccionar quem estará em condições de discutir a corrida. Regressando ao conjunto Kwaremont/Paterberg, se a primeira subida é mais extensa e com uma pendente mais simpática, apesar de tudo, a segunda é de grande intensidade: 360 metros, com 12,9% de média e 20,3% de máxima. Em baixo fica a altimetria da 102ª Volta a Flandres, contudo, para conhecer em pormenor todas (e são muitas) as dificuldades da corrida, então carregue neste link e veja no site oficial o percurso que espera o pelotão.
Os candidatos
O principal, ou melhor, a principal, é a Quick-Step Floors. Desta feita é uma equipa que tem de surgir como a mais temível em vez de uma individualidade. Nesse aspecto, Sagan e Avermaet - o belga ainda sem vitórias nas clássicas em 2018 - são os crónicos candidatos, juntamente com Gilbert e Sep Vanmarcke (já se sabe que confirmar créditos de vencedor não tem sido fácil para o ciclista da EF Education First-Drapac powered by Cannondale, mas também a Avermaet custou-lhe começar a ganhar e depois foi o que se viu).
Este ano Tiesj Benoot (Lotto Soudal) entra definitivamente no lote de candidatos de primeira linha. E não podia faltar Michal Kwiatkowski, da Sky, e Oliver Naesen, da AG2R. Jasper Stuyven está em boa forma, o mesmo não se pode dizer do colega da Trek-Segafredo, John Degenkolb. Os dois ficam numa segunda linha de candidatos, com o belga está ali bem perto da primeira. Ainda da Sky, atenção a Gianni Moscon e é melhor ninguém se distrair com Dylan van Baarle.
Edward Theuns (Sunweb) não deve passar despercebido. O belga está a precisar de um grande resultado para subir na lista de candidatos, mas qualidade não lhe falta para este tipo de corridas. Arnaud Démare é dos ciclistas que tem tido uma equipa, a FDJ, a dar-lhe um bom apoio, mas na Flandres a vida nunca é fácil para os blocos controlarem. Ainda assim o francês tem estado a melhorar no pavé, mas os muros na Bélgica têm tendência a complicar as ambições de Démare. Paris-Roubaix encaixa melhor nas suas características, como mostrou no ano passado (foi sexto). Ainda assim, não se pode afastar por completo a sua candidatura na Flandres.
Falta o outsider dos outsiders e que só não está junto de Sagan e companhia, porque está a dar os primeiros passos a este nível e ainda há que mostrar que consegue manter os bons resultados. Mas certo é que talento não lhe falta e Wout Van Aert já é um ciclista belga que muito entusiasma. Ganhar a Volta a Flandres não seria uma surpresa total. Será que alguém ainda acredita que ficará na Vérandas Willems-Crelan em 2019?
Para terminar a lista dos candidatos... a principal candidata. A Quick-Step Floors venceu sete corridas de um dia na Bélgica e só Niki Terpstra repetiu os festejos. Peter Sagan intrometeu-se neste domínio ao bater Elia Viviani na Gent-Wevelgem. Terpstra estará presente, assim como Philippe Gilbert, vencedor do monumento no ano passado. Aquela fuga solitária de 50 quilómetros ficará como um dos grandes momentos do ciclismo. Segue-se Yves Lampaert. O belga foi decisivo em ajudar Terpstra em Harelbeke e depois ganhou pelo segundo ano consecutivo a Dwars door Vlaanderen (Através da Flandres). O checo Zdenek Stybar afirmou que espera que neste domingo ou então no próximo, no Paris-Roubaix, possa festejar uma vitória nestas corridas míticas.
Iljo Keisse, Tim Declercq e Florian Sénéchal até podem ser vistos mais como homens de trabalho, mas nesta Quick-Step Floors todos trabalham e todos têm a sua oportunidade de ganhar. Nunca é de mais recordar que a equipa belga soma 20 vitórias em 2018, distribuídas por 10 ciclistas.
Apenas uma referência a Vincenzo Nibali que tem recebido muita atenção. O italiano da Bahrain-Merida vai estrear-se na Volta a Flandres aos 33 anos e mesmo que não seja visto como favorito, é um ciclista que pode não conhecer os muros e o pavé do monumento, mas vai estar certamente a ser controlado pelos adversários.
Os portugueses
Aparecem no final do texto não significa que não tenham hipóteses. Pelo contrário, é como que deixar o melhor para fim, ou seja, o sonho de ver um ciclista português pelo menos no pódio. Que bom seria que José Gonçalves tivesse liberdade e é bem provável que assim seja. Tony Martin surge como líder da Katusha-Alpecin, mas uma corrida como esta encaixa melhor no gémeo de Barcelos. Gonçalves irá fazer a sua estreia no monumento da Flandres e a falta de experiência poderá ser um handicap. Porém, a sua qualidade compensa este factor. Há que não esquecer que foi 11º na primeira Strade Bianche que fez.
Já Nelson Oliveira conhece bem esta corrida e conta com dois top 20. É uma prova que aprecia muito e o ciclista da Movistar tem mostrado que está a subir de forma rumo precisamente à Volta a Flandres. Entrar no top dez não seria surpresa nenhuma e se a sorte estiver do seu lado - se há provas em que este factor é quase tão importante como a condição física, são as do pavé -, atenção a Oliveira. A sua lado estará Nuno Bico, que procura um resultado positivo que o lance para uma boa temporada, que não tem sido fácil.
»»Nibali pode igualar feito de há 46 anos na estreia na Volta a Flandres««
O principal, ou melhor, a principal, é a Quick-Step Floors. Desta feita é uma equipa que tem de surgir como a mais temível em vez de uma individualidade. Nesse aspecto, Sagan e Avermaet - o belga ainda sem vitórias nas clássicas em 2018 - são os crónicos candidatos, juntamente com Gilbert e Sep Vanmarcke (já se sabe que confirmar créditos de vencedor não tem sido fácil para o ciclista da EF Education First-Drapac powered by Cannondale, mas também a Avermaet custou-lhe começar a ganhar e depois foi o que se viu).
Este ano Tiesj Benoot (Lotto Soudal) entra definitivamente no lote de candidatos de primeira linha. E não podia faltar Michal Kwiatkowski, da Sky, e Oliver Naesen, da AG2R. Jasper Stuyven está em boa forma, o mesmo não se pode dizer do colega da Trek-Segafredo, John Degenkolb. Os dois ficam numa segunda linha de candidatos, com o belga está ali bem perto da primeira. Ainda da Sky, atenção a Gianni Moscon e é melhor ninguém se distrair com Dylan van Baarle.
Edward Theuns (Sunweb) não deve passar despercebido. O belga está a precisar de um grande resultado para subir na lista de candidatos, mas qualidade não lhe falta para este tipo de corridas. Arnaud Démare é dos ciclistas que tem tido uma equipa, a FDJ, a dar-lhe um bom apoio, mas na Flandres a vida nunca é fácil para os blocos controlarem. Ainda assim o francês tem estado a melhorar no pavé, mas os muros na Bélgica têm tendência a complicar as ambições de Démare. Paris-Roubaix encaixa melhor nas suas características, como mostrou no ano passado (foi sexto). Ainda assim, não se pode afastar por completo a sua candidatura na Flandres.
Falta o outsider dos outsiders e que só não está junto de Sagan e companhia, porque está a dar os primeiros passos a este nível e ainda há que mostrar que consegue manter os bons resultados. Mas certo é que talento não lhe falta e Wout Van Aert já é um ciclista belga que muito entusiasma. Ganhar a Volta a Flandres não seria uma surpresa total. Será que alguém ainda acredita que ficará na Vérandas Willems-Crelan em 2019?
Para terminar a lista dos candidatos... a principal candidata. A Quick-Step Floors venceu sete corridas de um dia na Bélgica e só Niki Terpstra repetiu os festejos. Peter Sagan intrometeu-se neste domínio ao bater Elia Viviani na Gent-Wevelgem. Terpstra estará presente, assim como Philippe Gilbert, vencedor do monumento no ano passado. Aquela fuga solitária de 50 quilómetros ficará como um dos grandes momentos do ciclismo. Segue-se Yves Lampaert. O belga foi decisivo em ajudar Terpstra em Harelbeke e depois ganhou pelo segundo ano consecutivo a Dwars door Vlaanderen (Através da Flandres). O checo Zdenek Stybar afirmou que espera que neste domingo ou então no próximo, no Paris-Roubaix, possa festejar uma vitória nestas corridas míticas.
Iljo Keisse, Tim Declercq e Florian Sénéchal até podem ser vistos mais como homens de trabalho, mas nesta Quick-Step Floors todos trabalham e todos têm a sua oportunidade de ganhar. Nunca é de mais recordar que a equipa belga soma 20 vitórias em 2018, distribuídas por 10 ciclistas.
Apenas uma referência a Vincenzo Nibali que tem recebido muita atenção. O italiano da Bahrain-Merida vai estrear-se na Volta a Flandres aos 33 anos e mesmo que não seja visto como favorito, é um ciclista que pode não conhecer os muros e o pavé do monumento, mas vai estar certamente a ser controlado pelos adversários.
Os portugueses
Aparecem no final do texto não significa que não tenham hipóteses. Pelo contrário, é como que deixar o melhor para fim, ou seja, o sonho de ver um ciclista português pelo menos no pódio. Que bom seria que José Gonçalves tivesse liberdade e é bem provável que assim seja. Tony Martin surge como líder da Katusha-Alpecin, mas uma corrida como esta encaixa melhor no gémeo de Barcelos. Gonçalves irá fazer a sua estreia no monumento da Flandres e a falta de experiência poderá ser um handicap. Porém, a sua qualidade compensa este factor. Há que não esquecer que foi 11º na primeira Strade Bianche que fez.
Já Nelson Oliveira conhece bem esta corrida e conta com dois top 20. É uma prova que aprecia muito e o ciclista da Movistar tem mostrado que está a subir de forma rumo precisamente à Volta a Flandres. Entrar no top dez não seria surpresa nenhuma e se a sorte estiver do seu lado - se há provas em que este factor é quase tão importante como a condição física, são as do pavé -, atenção a Oliveira. A sua lado estará Nuno Bico, que procura um resultado positivo que o lance para uma boa temporada, que não tem sido fácil.
»»Nibali pode igualar feito de há 46 anos na estreia na Volta a Flandres««
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