(Fotografia: Katusha-Alpecin) |
Esteve quilómetros intermináveis na frente, umas vezes a puxar, outras a ajudar a controlar o ritmo, contudo, foi este o ciclista da Katusha-Alpecin que mais trabalhou para garantir que o seu sprinter chegasse a Follonica nas melhores condições para discutir o sprint. O lançamento nem foi o melhor. O timing de saída dos lançadores de Kittel não foi perfeito. O alemão pareceu ficar um pouco cedo sozinho na frente, mas aí a "fúria" do alemão veio ao de cima. Arrancou, aguentou Peter Sagan (Bora-Hansgrohe) e ganhou como Kittel tanta vez já o fez: de forma dominante (pode ver aqui as classificações da segunda etapa do Tirreno-Adriatico). Claro que se pedem mais vitórias - a equipa só soma duas, com Nathan Haas a ter ganho uma tirada na Volta a Omã -, mas pelo menos este enguiço está quebrado para Kittel e muitas são as vezes que o difícil é vencer a primeira.
(Fotografia: Facebook Tirreno-Adriatico) |
José Gonçalves confessou na altura que era algo que lhe dava maior tranquilidade. Com a chegada de Marcel Kittel e depois da exibição na segunda etapa do Tirreno-Adriatico, fica claro que o ciclista português se tornou num homem de confiança para o outro líder da Katusha-Alpecin. E agora? Com Kittel e Zakarin a estarem escalados para o Tour, em condições normais poderemos estar perante a possibilidade da estreia do português na grande volta que lhe falta. Ajudará Kittel ou Zakarin? Ou os dois? Se se confirmar uma presença no Tour, dificilmente veremos Gonçalves com liberdade para alcançar ele próprio um resultado. O corredor poderá tornar-se num controlador de etapas, um gregário de luxo que Zakarin e Kittel vão adorar ter ao seu lado.
Porém, quem trabalha como o faz Gonçalves para os outros, estará destinado a ter as suas oportunidades e José Azevedo sabe a importância de premiar ciclistas como Gonçalves, ou Erik Zabel, que já desde do ano passado demonstra que é um sprinter com futuro. E não vamos esquecer que Tiago Machado continua bem cotado dentro da Katusha-Alpecin, que irá apostar muito forte no Tour. Em 2017, o português esteve exemplar no grande volta francesa, apesar de Alexander Kristoff não ter conseguido aproveitar o trabalho de Machado. De recordar que começou a época vencendo a Prova de Abertura Região de Aveiro, ao serviço da selecção nacional, com uma fuga solitária de 80 quilómetros.
Ian Boswell, Alex Dowsett, Nathan Haas foram reforços importantes, além de Kittel, claro, numa equipa que conta ainda com Tony Martin, por exemplo. Há um grande foco no Tour e a Katusha-Alpecin poderá apresentar uma das suas equipas mais fortes dos últimos anos e José Gonçalves tem tudo para ser uma das figuras, um gregário de luxo, quando é chamado a essa função, um ciclista de ataque quando lhe dão liberdade. Pode parecer que chegou tarde ao World Tour, mas chegou mais do que a tempo para deixar a sua marca.
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