(Fotografia: © João Fonseca Photographer) |
Foi a única vitória da Miranda-Mortágua este temporada, num ano também marcado pela prestação de Hugo Sancho na Volta a Portugal. Aquela etapa da Serra do Larouco escapou por tão pouco... A equipa mostrou-se lutadora, procurou fugas, tentou ajudar Daniel Freitas nos sprints, mas faltaram melhores resultados. A chegada de Joaquim Silva e de Ángel Sanchez, ambos da W52-FC Porto, dará mais opções entre ciclistas com uma experiência mais ampla, podendo assim contrabalançar melhor com a juventude de Artur Chaves e Pedro Pinto, por exemplo.
E por falar em ciclistas ainda muito jovens, o director desportivo contratou um dos estreantes no pelotão nacional de elite com melhores prestações. João Barbosa está a pouco mais de um mês de completar 22 anos e demonstrou na Vito-Feirense-PNB grande potencial e muito ainda por evoluir. Ao lado de Hugo Sancho e Joaquim Silva poderá desenvolver ainda mais as suas qualidades como trepador.
O venezuelano que estagiou na parte final da temporada, Leangel Linarez, e o britânico da Crédtio Agrícola-Jorbi-Almodôvar, Ash Coning, foram as restantes contratações, mais dois jovens para trabalhar e ver como irão evoluir.
Depois de em 2019 Hugo Sancho, Daniel Freitas e Gaspar Gonçalves - outro dos ciclistas que se destacou esta temporada - terem regressado à equipa de Mortágua, é agora a vez de Joaquim Silva. Enquanto sub-23, entre 2011 e 2014, o ciclista de Penafiel, não demorou muito a mostrar o seu talento. Foi campeão nacional do escalão, estreou-se na Volta a Portugal (ao serviço da selecção) com um 25º lugar e foi oitavo no prestigiado Tour de l'Avenir ou Volta a França do Futuro. Nesse 2014 para recordar, foi 16º nos Mundiais de Ponferrada.
A W52-FC Porto não esperou e contratou o ciclista. Nas três temporadas seguintes a evolução foi notória, mesmo muito preso a um papel de gregário. Sem grande surpresa chegou a oportunidade de ir para o estrangeiro, com Joaquim Silva a assinar pela Caja Rural por duas temporadas. Porém, só cumpriria uma. Alternou entre prestações ao seu nível, com outras menos conseguidas. Veio à Volta a Portugal como líder, mas abandonou ao segundo dia, sendo a primeira das vítimas do calor que marcou a edição de 2018 da corrida. Foi uma enorme desilusão para o ciclista e para a equipa, que apostava forte no português.
A expectativa de se estrear numa grande volta em Espanha não se confirmou e a Caja Rural acabaria por dispensar o ciclista, que regressou à W52-FC Porto. Joaquim Silva acabou por fazer uma calendário mais pelo estrangeiro, mas só na recta final da temporada, na China mostrou um pouco do seu melhor. Ainda assim vai mudar novamente de ares, tentando aos 27 anos relançar a carreira onde despontou para o ciclismo.
Depois de se ter tornado uma equipa sub-23 de referência, que formou vários corredores que chegaram ao profissionalismo, não deixa de ser curioso que a Miranda-Mortágua na versão Continental continue a recuperar alguns dos seus melhores pupilos e que seja com eles que vá à procura de mais e melhor em 2020.
Equipa: Hugo Sancho (37 anos), Artur Chaves (20), Daniel Freitas (28), Gaspar Gonçalves (24), Pedro Pinto (19), Joaquim Silva (27, W52-FC Porto), Ángel Sanchez (26, W52-FC Porto), João Barbosa (21, Vito-Feirense-PNB), Leangel Linarez (22, Kuota-Construcciones Paulino, estagiou a partir de Agosto de 2018 na Miranda-Mortágua), Ash Coning (19, Crédito Agrícola-Jorbi-Almodôvar).
Sem comentários:
Enviar um comentário