6 de maio de 2018

Viviani rendido à Quick-Step Floors: "É a oportunidade da minha vida e da minha carreira"

(Fotografia: Giro d'Italia)
Nem com Sam Bennett a encostar Elia Viviani às barreiras durante o sprint na terceira etapa do Giro, foi evitada uma nova vitória do italiano. As expectativas estão a ser confirmadas: a Quick-Step Floors trouxe para a grande volta a forma que apresentou na fase das clássicas e também noutras corridas por etapas da fase inicial da temporada. Esperava-se um Viviani dominador e nem a jogar de forma pouco correcta foi possível pará-lo. Dois sprints, duas vitórias. Mas não falemos de possíveis polémicas. Nem Viviani o quis fazer. Para ele o importante foi vencer e assim tirar partido de umas condições que estão a permitir libertar todas as qualidades do ciclista que na Sky tinha um papel secundário, estando normalmente entregue ao seu destino, quase sem ajudas.

Depois do triunfo que lhe permite consolidar a liderança na classificação por pontos, além de colocar a equipa a um de chegar aos 30 em 2018, Elia Viviani salientou como se sente um "líder a sério", considerando que esse estatuto faz toda a diferença. "Estou muito feliz por estar na Quick-Step Floors porque é a oportunidade da minha vida e da minha carreira. Estou aqui com o meu grupo, com o meu comboio e a equipa acredita mesmo em mim", referiu.

Rohan Dennis vai para Itália com a maglia rosa (Fotografia: Giro d'Italia)
Não se arrepende dos três anos que esteve na Sky, mas não esconde a sua recente paixão: "Adoro esta equipa, adoro a forma como programam e lidam com tudo." Passar de um sprinter que é excluído das três grandes voltas porque a Sky aposta tudo na geral, para um que tem os sete companheiros a conduzi-lo até à meta, é um luxo que Viviani sabe dar valor. Aos 29 anos, o italiano chegou ao seu quinto Giro com apenas uma etapa ganha, em 2015, no seu primeiro ano na Sky. Agora já são duas em três dias de corrida e é bem provável que não fique por aqui.

Esta segunda-feira o pelotão regressa a Itália, deixando para trás a partida histórica em Israel, uma estreia das grandes voltas fora da Europa. Sexta-feira haverá nova etapa claramente para os sprinters, enquanto na terça e quarta-feira serão um "aquecimento" para a sexta tirada: a do Etna. Apesar de estarem "apenas" categorizadas subidas de quarta categoria, haverão rampas de respeito, inclusivamente perto da meta, que não entram nas classificações para a montanha. Estes são dois dias que podem ser interessantes para o desejado assalto à maglia rosa da Katusha-Alpecin, ou com José Gonçalves (a 13 segundos da liderança) ou com Alex Dowsett (a 17). Façamos figas pelo ciclista português que até já é terceiro, pois Victor Campenaerts (Lotto Fix ALL) perdeu 31 segundos, estando agora a 34 de Rohan Dennis (BMC).

(Fotografia: Giro d'Italia)
Na despedida de Israel, os 229 quilómetros marcados pela paisagem desértica entre Berseba e Eilat não foram nada tranquilos, com o vento a obrigar todos - os que queriam lutar pela etapa e os que apontam à geral - a estarem muito atentos. Ninguém dos candidatos perdeu tempo, mas houve alguns cortes, com ciclistas a chegarem a chegarem com quatro ou cinco minutos de atraso.

De destacar Guillaume Boivin. O canadiano voltou a colocar a camisola da Israel Cycling Academy em realce durante a fuga, com Enrico Barbin a também o acompanhar pelo segundo dia consecutivo, mas com o objectivo de garantir que mantinha a camisola da montanha.


A 101ª edição da Volta a Itália estará em casa a partir de terça-feira, com Catania, na Sicília, a receber a partida para os 191 quilómetros até Caltagirone (gráfico da tirada em cima).



Pode ver aqui os resultados da terceira etapa e as classificações do Giro.



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