2 de maio de 2018

Filippo Pozzato falha aquela que poderia ter sido a sua última Volta a Itália

(Fotografia: © Wilier Triestina-Selle Italia)
Longe dos seus tempos áureos, Filippo Pozzato continua a gozar de enorme popularidade em Itália, pelo que a sua presença no Giro é sempre uma mais valia para o público e para os patrocinadores da equipa. Porém, a Wilier Triestina-Selle Italia não irá contar com a sua principal figura, no que a mediatismo diz respeito. Pozzato já estava em Jerusalém e inclusivamente tinha concluído os exames obrigatórios da UCI antes do início da corrida, quando resolveu regressar para o seu país. Em causa está o estado de saúde do pai, que terá piorado e levou o ciclista a deixar aquela que poderia ter sido a sua última Volta a Itália.

A equipa apenas avançou que problemas pessoais tinham levado Pozzato a nem começar o Giro. No entanto, alguns meios de comunicação social avançam que ao receber um telefonema a alertar para o agravamento da saúde do pai, Pozzato tratou imediatamente de regressar a casa no primeiro voo disponível.

A menos de 48 horas do arranque da primeira grande volta do ano, Alex Turrin foi chamado para viajar para Israel, com a UCI a autorizar a substituição. O jovem de 25 anos irá inesperadamente fazer a sua estreia numa corrida de três semanas. Sem ambições na classificação geral ou em qualquer outra, a Wilier Triestina-Selle Italia apostará em fugas e nos sprints com Jakub Mareczko. Turrin será um ciclista mais apto para quando o terreno começar a inclinar.

Pozzato preparava-se para cumprir o seu oitavo Giro, a sua 17ª grande volta. Apesar da decisão ainda não ser final, o italiano pondera terminar a carreira esta época, mas continua em aberto a possibilidade de competir em 2019. Tem 36 anos e é preciso recuar a 2013 para recordar a sua última vitória, no GP Ouest France-Plouay. Porém, foi na primeira década do século XXI que alcançou os seus maiores feitos: duas etapas no Tour (2004 e 2007), uma no Giro (2010) e conta ainda com um monumento, tendo conquistado a Milano-Sanremo em 2006. Soma 30 vitórias, sendo um especialista em clássicas, com a E3 Harelbeke e a Omloop Het Nieuwsblad a estarem no seu currículo. Contudo, tem uma vitória numa das corridas por etapas mais importantes: Tirreno-Adriatico (2003). Foi ainda campeão nacional em 2009.

Depois de se ter começado a "apagar" na Lampre-Merida, em 2016 mudou-se para a estrutura da Wilier, do escalão Profissional Continental, para também assim ter outro tipo de liberdade, outro papel e uma pressão diferente. Mas desde então que já vai pensando no que quer fazer quando deixar a competição como atleta. Influenciado por um homem que o orientou durante muitas das suas vitórias, Patrick Levefere (director da Quick-Step Floors), Pozzato não esconde que deseja seguir as passadas do belga.

Para já, as suas preocupações são outras, com o Giro a perder uma das figuras que os tifosi muito acarinham. Os objectivos da Wilier Triestina-Selle Italia mantém-se ainda assim intocáveis. Todas as baterias estarão apontadas a uma etapa, algo que não acontece desde 2012, quando Andrea Guardini venceu em Vedelago, na 17ª tirada. Então a equipa chamava-se Farnese Vini-Neri-Sottoli.

A Wilier Triestina-Selle Italia estará no Giro101 com Jakub Mareczko, Liam Bertazzo, Marco Coledan, Giuseppe Fonzi, Jacopo Mosca, Alex Turrin, Edoardo Zardini e Eugert Zhupa. A corrida arranca na sexta-feira com um contra-relógio de 9,7 quilómetros em Jerusalém, mas na quinta começará a festa da maglia rosa com a apresentação das equipas.



Sem comentários:

Enviar um comentário