6 de maio de 2017

Ruffoni defende-se: "Nunca tomei substâncias proibidas. Vou defender a minha credibilidade até ao fim"

(Fotografia: Facebook Nicola Ruffoni)
48 horas depois do choque que provocou a notícia de que dois ciclistas italianos estavam fora do Giro na noite antes da corrida arrancar devido a casos de doping, um dos corredores da Bardiani-CSF em causa quebrou o silêncio. Nicola Ruffoni, 26 anos, diiz que não compreende o que se passou, sugerindo que poderá estar relacionado com um problema na próstata que o obrigou a tomar antibióticos, dias antes de a amostra de urina ter sido recolhida. O ciclista, de 26 anos, admitiu que tem a carreira em risco e que, por isso mesmo, vai lutar com tudo o que tem para provar a sua inocência, ainda que nem a equipa pareça acreditar nela.

"Eu nunca, nunca, durante a minha carreira tomei substâncias proibidas. Estou a tentar encontrar explicações sobre o que poderá ter acontecido no último mês antes do teste", escreveu Ruffoni numa mensagem publicada no Facebook. O italiano salienta que não mudou a sua dieta, nem o estilo de vida e perante a sua desconfiança que em causa poderá estar os antibióticos que tomou quando teve o problema na próstata, entre 20 de Março e 20 de Abril, Ruffoni referiu que irá consultar um endocrinologista para tentar confirmar a sua tese.

No entanto, para já resta ao ciclista aguardar pelo resultado da contra-análise: "Vou esperar calmamente e tentar defender a minha credibilidade até ao fim." "Sei que a minha carreira está em risco, mas também sei que não tentei fazer batota", acrescentou o ciclista.

De momento Ruffoni está suspenso provisoriamente até ser conhecida a contra-análise. O mesmo acontece com Stefano Pirazzi, que também testou positivo a mesma substância hormonal. Este último ainda não falou sobre o caso. Ambos os ciclistas ainda estiveram na apresentação da Bardiani-CSF no dia antes do início do Giro100. Ao ser conhecida a suspensão, ambos não mais foram vistos, tendo saído da Sardenha sem ter falado sobre o assunto. Já o director desportivo da equipa, Stefano Zanatta, acusou os dois ciclistas de não compreenderam o trabalho que ali se realiza, confessando que ficou de tal forma zangado que até chorou.

A Bardiani-CSF garantiu o convite para o Giro ao vencer a Taça de Itália em 2016, mas correu o risco de ser expulsa devido aos dois casos de doping. Mauro Vegni, director da corrida, optou por manter a equipa na prova, já que caso as contra-análises sejam negativas, poderia enfrentar um processo judicial. Porém, Vegni ameaça fazer isso mesmo à Bardiani-CSF, se as contra-análises forem positivas. A equipa italiana tem ajudado a evoluir alguns ciclistas italianos, que conseguiram chegar ao World Tour, como Sonny Colbrelli, Sacha Modolo e Domenico Pozzovivo. Perante a suspensão de Pirazzi e Ruffoni, a Bardiani-CSF está a fazer o Giro apenas com sete ciclistas.


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