27 de janeiro de 2017

Froome começa na Austrália mais um ano a sonhar ver o seu nome ao lado de Merckx, Hinault, Anquetil e Indurain

Froome quer vestir esta camisola em Paris pelo menos mais duas vezes
(Fotografia: Team Sky)
E começa a odisseia de Chris Froome rumo ao que pretende ser a quarta vitória na Volta a França. O britânico quer o seu nome ao lado das lendas Eddy Merckx, Bernard Hinault, Jacques Anquetil e Miguel Indurain e para isso ambiciona chegar aos cinco triunfos no Tour. Quando começou a cimentar a sua superioridade na Volta a França em 2013, Froome sempre recusou falar de deixar a sua marca na história do ciclismo. Mas agora o discurso é outro. Depois de muito se ter especulado se poderia tentar conquistar a centésima edição do Giro (conquistou a do Tour), pois Froome admitiu gostar do percurso, o britânico optou por manter-se 100% focado em continuar a sua senda na Volta a França e tentar ser o primeiro a ganhar Tour/Vuelta no mesmo ano, desde que a Volta a Espanha passou a ser a última grande volta do ano.

"Olhando para este ano, serão passos críticos para cimentar o meu lugar no ciclismo", afirmou Chris Froome, que este domingo começa a temporada na Cadel Evans Great Ocean Race, uma das novas corridas do World Tour. O percurso da Volta a França não deixou Froome particularmente feliz, principalmente pelos contra-relógios curtos que podem não o prejudicar, mas também não o deverão beneficiar. No entanto, o ciclista e a Sky mantém-se fiéis à ambição que dura desde a criação da equipa: tudo pelo Tour.

Peter Kennaugh venceu a Cadel Evans Great Ocean Race em 2016, mas o homem da Sky não está este ano na Austrália, com Froome a aparecer como o líder e um dos favoritos à vitória, que seria realmente começar 2017 em grande. A seu lado estarão Sergio e Sebastián Henao, Ian Stannard, Danny van Poppel, Luke Rowe e o reforço Kenny Elissonde.

A época pode estar agora a dar os primeiros passos, mas depois da exibição e vitória de Richie Porte (BMC) no Tour Down Under - primeira prova World Tour do ano - já se anseia por ver o antigo fiel escudeiro de Froome enfrentar o britânico. "Sempre tive muita confiança na qualidade do Richie e sempre disse que ele era um candidato [a vencer] a Volta a França", salientou Froome.

Para aumentar o interesse da corrida haverá ainda Johan Esteban Chaves (Orica-Scott), que também esteve bem no Tour Down Under. Para os portugueses, as atenções voltam a centrar-se em Ruben Guerreiro. Depois do brilharete na sua estreia pela Trek-Segafredo, é inevitável esperar voltar a ver Ruben mostrar-se ao lado dos melhores do mundo. Tiago Machado e José Gonçalves também estarão presentes ao serviço da Katusha-Alpecin.


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