16 de janeiro de 2017

Equipas italianas lutam por um convite para o Giro

A Androni Giocattoli ficou de fora em 2016 e arrisca-se a ser novamente preterida
(Fotografia: Facebook Androni Giocattoli)
São momentos de ansiedade aqueles que estão a ser vividos em três equipas italianas do escalão Profissional Continental. Para a Wilier Triestina, Nippo-Vini Fantini e Androni Giocattoli grande parte da temporada joga-se já esta semana quando forem anunciados os convites para a 100ª edição da Volta a Itália. São quatro os convites a ser dados pela organização, mas a Bardiani CSF já garantiu o seu ao vencer a Taça de Itália no ano passado. O problema para as três equipas que sobram é que Mauro Vegni, director da corrida, já alertou que só por ser uma formação italiana não chega para garantir um convite, ao contrário do que normalmente acontece, por exemplo, no Tour.

A russa Gazprom-RusVelo estará bem colocada para voltar a receber um, depois de no ano passado ter marcado presença no Giro, segundo o Cycling News. Durante grande parte da competição, pouco se viu dos seus ciclistas, mas na última semana tudo mudou e Alexander Foliforov venceu mesmo o contra-relógio individual na 15ª etapa. Se se confirmar a convite para a equipa russa, sobram dois lugares para três pretendentes e as formações transalpinas esperam que as informações que vieram a público da polaca CCC Sprandi estar também a ser considerada não sejam verdade. A Polónia quer receber o início da Volta a Itália em 2018, pelo que o mais provável é que a CCC receba o convite no próximo ano, até porque em 2015 esteve no Giro e não deixou saudades.

Androni Giocattoli foi preterida no ano passado e corre um sério risco de ficar novamente de fora, o que poderá ser um duro golpe nas aspirações e futuro da equipa. Os patrocinadores esperam por uma presença no Giro para terem a desejada exposição mediática. O Tirreno-Adriatico e a Milano-Sanremo também são sempre objectivos, mas uma presença nessas competições não compensará uma ausência na Volta a Itália. A equipa de Gianni Savio não vive os seus melhores dias. Perdeu a sua estrela - Franco Pellizotti assinou pela Bahrain-Merida - e a nível de contratações, Savio apostou em jovens ciclistas que ficariam muito agradecidos se surgisse a oportunidade de se mostrarem no Giro.

A Nippo-Vini Fantini tem um bom cartão de visita: manteve Damiano Cunego que em 2016 voltou a mostrar-se a bom nível, tendo lutado pela vitória na classificação da montanha. Além de Cunego (camisola rosa em 2004), contratou o colombiano Julián Arredondo (ex-Trek-Segafredo) e os italianos Ivan Santaromita (campeão italiano em 2013, vencedor de uma etapa no Giro em 2014 e que esteve no último ano na Skydive Dubai) e Marco Canola (ex-UnitedHealthcare e vencedor de uma etapa na Volta a Itália também em 2014).

A Wilier Triestina não encantou em 2016 no Giro, longe disso. A sua maior estrela por lá continua, Filippo Pozzato, mas a maior arma poderá ser o plano que tem para crescer de forma a estar no World Tour num prazo de três anos. Já garantiu o patrocínio da Selle Italia e se conseguir o convite para o Giro a empresa de comunicações italiana Fastweb também entrará na formação.

As equipas já apresentaram os seus argumentos à organização da 100ª edição da Volta a Itália e agora resta-lhes esperar. De recordar que Itália não tem nenhuma equipa no World Tour, depois da Lampre ter decidido não continuar no projecto agora com o nome de UAE Abu Dhabi, equipa de Rui Costa.



Sem comentários:

Enviar um comentário