15 de janeiro de 2017

Época World Tour arranca esta terça-feira, mas sprinters já se mostraram na clássica em Adelaide

O pequeno Ewan (1,65 metros) deixou para trás uma forte concorrência
(Fotografia: Tour Down Under)
A People's Choice Classic é uma espécie de aquecimento para o Tour Down Under. São 50,6 quilómetros no circuito da cidade de Adelaide e tem sido dominada por sprinters australianos e alemães desde a primeira edição em 2006. Este ano Caleb Ewan repetiu o triunfo de 2016, sprintando daquela forma tão ortodoxa (ver vídeo), mas que produz resultados. Bateu os homens da Bora-Hansgrohe: Peter Sagan tentou lançar Sam Bennett, mas acabaram apenas por ficar em terceiro e segundo, respectivamente. A "jogar" em casa, a Orica-Scott agradece o triunfo, ainda mais quando realizou um excelente trabalho para o seu sprinter. Porém, é na terça-feira que tudo começa a ser mais sério.

O Tour Down Under (de 17 a 22 de Fevereiro) mantém-se como a primeira prova do calendário World Tour e o sol da Austrália pode até ser bastante quente, contudo, cada vez mais grandes nomes do ciclismo preferem enfrentar esse calor, ao ter de começar a temporada no frio da Europa. Este ano há ainda mais uma prova do World Tour naquela zona do planeta, uma das dez novas - a Cadel Evans Great Ocean Road Race (de 26 a 29 de Janeiro) -,  e depois a Herald Sun Tour, ou seja, a Austrália vai aos poucos tornando-se num local de referência para o início de temporada.

É certo que é apenas a primeira prova de um longo ano de ciclismo. Porém, há quem queira desde já começar bem. É o exemplo de Richie Porte (BMC). O australiano venceu a etapa rainha em Willunga Hill nos últimos três anos, mas não conseguiu conquistar a competição (foi segundo em 2015 e 2016). Para Porte é importante vencer por uma questão de moral. O ciclista admite que é a prova em que se diverte mais - sendo no seu país, não é de surpreender - e vencê-la poderá funcionar como um excelente catalisador para um ciclista que está desejoso de mostrar que pode fazer frente a Chris Froome e Nairo Quintana na Volta a França. Teve bons momentos no ano passado, mas Porte quer mais.

Numa corrida que tanto pode ser ganha por um sprinter, como por um trepador, os candidatos são muitos. Os australianos costumam aparecer sempre bem, até porque já tiveram os campeonatos nacionais e a principal dúvida passa precisamente por aí: como estão os ciclistas na sua fase de preparação. Acaba por ser uma prova sem um favorito claro à partida. Senão vejamos alguns dos nomes que estarão presentes além de Richie Porte: Johan Esteban Chaves, Peter Sagan, Wilco Kelderman, Geraint Thomas, Thomas de Gendt, Robert Gesink, Ben Swift (que fará a sua estreia pela UAE Abu Dhabi) e o colega Louis Meintjes, Jarlinson Pantano e Luis León Sánchez, para referir apenas alguns. Pode ver aqui a lista completa de quem vai participar no Tour Down Under. 

E quanto a portugueses, haverá muito interesse em seguir a competição australiana. A começar por Tiago Machado que será o líder da Katusha-Alpecin e que terá ao seu lado o estreante no World Tour José Gonçalves. De referir que Tiago Machado foi terceiro em 2012, então ao serviço da RadioShack-Nissan.

No entanto, um ciclista estará a ser seguido com muita atenção. Já é considerado um dos jovens a acompanhar em 2017 e a expectativa para ver a sua adaptação ao World Tour é grande. Falamos de Ruben Guerreiro que fará a sua estreia pela Trek-Segafredo.

Depois de três meses de espera, o espectáculo do melhor ciclismo está de volta. Que comece a temporada.

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