(Fotografia: João Fonseca/Federação Portuguesa de Ciclismo) |
Foi o regresso do pelotão nacional à região de Aveiro, onde começou a temporada, então com Tiago Machado a passar por Portugal para conquistar uma grande vitória. Numa reorganização do calendário, a Taça de Portugal ficou para ser decidida até ao final da época. Era suposto ser em Tavira, a 6 de Outubro, mas a prova foi cancelada. Foram então os 151,6 quilómetros entre Anadia e Murtosa os decisivos. David Rodrigues partiu como líder, mas longe de ter a conquista garantida. Foi um ano muito positivo para o ciclista de 27 anos, que venceu uma etapa no Grande Prémio Abimota, mas foi a exibição na tirada da Senhora da Graça na Volta a Portugal que, até este domingo, tinha marcado a sua época.
Rodrigues esteve 70 quilómetros em fuga solitária até que Raúl Alarcón (W52-FC Porto) o apanhou a apenas 250 metros da meta. Como reagiu? A pensar que poderia tentar de novo numa próxima vez. Não houve discurso derrotista, apenas um olhar para o futuro. Na sua quarta temporada na equipa de José Santos, Rodrigues tem demonstrou, uma evolução muito interessante. Há um ano conquistou a sua primeira vitória como profissional, no Grande Prémio de Mortágua e em 2018 confirmou que está preparado para ter maiores responsabilidades.
A Taça de Portugal é um prémio para uma temporada positiva de Rodrigues, mas também de toda a Rádio Popular-Boavista, que venceu colectivamente a competição. Foram 11 vitórias em 2018, seis por parte de Domingos Gonçalves. Só a W52-FC Porto ganhou mais, com César Fonte a ser o responsável pela 15ª vitória do ano, a sua terceira. Isto só para falar de triunfos em etapas, corridas de um dia ou classificações gerais.
César Fonte disputou o sprint em Murtosa com Jacobo Ucha (Fortunna-Maia), enquanto David Rodrigues estava no pelotão, onde se assistiu à luta pela Taça de Portugal. Foi oitavo e chegou para ganhar, com 16 pontos sobre Francisco Campos. A pensar na conquista da Taça em sub-23, este sprinter que cada vez mais está a afirmar-se no pelotão nacional, quase ficou também com o troféu de elite. André Carvalho (Liberty Seguros-Carglass) era o líder em sub-23, apesar da igualdade pontual. Foi quarto na corrida, atrás de Campos, e o ciclista do Miranda-Mortágua foi quem celebrou, depois de na Volta a Portugal do Futuro ter sido uma das figuras, ao vencer duas etapas e a classificação dos pontos.
Fim de uma época de estrada ficando apenas por fechar o ranking nacional, que tem Joni Brandão (Sporting-Tavira) como líder, com mais 222 pontos do que Raúl Alarcón.
Pode ver aqui os resultados de 2018 das equipas de elite portuguesas.
»»"A Efapel, pelo percurso que tem tido, tem tudo para sonhar com um projecto dessa envergadura"««
»»Estou calmo. O que tiver de ser, será««
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